O gerente do parque aquático DiRoma e o engenheiro da obra de um toboágua foram indiciados pela morte do menino Davi Lucas de Miranda, de 8 anos, que caiu do brinquedo, em Caldas Novas. A investigação foi concluída pela Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (16).
Até a última atualização desta reportagem, o g1 não conseguiu localizar as defesas dos dois indiciados.
O Grupo DiRoma informou que irá se manifestar apenas em juízo.
O acidente aconteceu em 13 de fevereiro, durante viagem de turismo da família. O brinquedo estava fechado para manutenção. Um laudo da Polícia Técnico-Científica apontou que a criança teve múltiplas fraturas nos ossos e hemorragia grave.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Pereira, tanto o gerente, como o engenheiro civil, exerciam cargos de chefia e eram responsáveis pela obra do brinquedo. Eles foram indiciados por homicídio e o engenheiro teve acréscimo de pena por descumprir normas técnicas da profissão.
“Eles concorreram culposamente para a morte da vítima, uma vez que no desempenho das funções de chefia, agiram com imperícia, negligência e imprudência, violando o dever de cuidado e dando causa ao acidente fatal”, disse delegado.
A Polícia Civil informou que os nomes dos indiciados não serão divulgados, bem como o que eles disseram em depoimento.
Acidente
O acidente aconteceu no dia 13 de fevereiro, por volta das 15h, em um toboágua chamado “Vulcão”. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ajudou no resgate da criança.
Segundo a Polícia Civil, o menino conseguiu entrar por uma área que não estava cercada por tapumes, subiu até a plataforma e entrou em um escorregador que estava desmontado. Ele caiu de altura aproximada de 14 metros.
De acordo com a prefeitura, a criança era de Conselheiro Lafaiete (MG) e estava a passeio com familiares. A morte foi confirmada pela equipe médica às 19h, e o corpo encaminhado ao Instituto Médico Legal da cidade.
Sinalização da obra
A Polícia Técnico-Científica (PTC) analisou as imagens das câmeras de segurança do clube DiRoma para descrever toda a dinâmica da morte do menino Davi. A perícia examinou vários aspectos do vídeo, entre eles, o trajeto, a movimentação e a situação do parque até o evento fatal.
O Conselho de Engenheira e Arquitetura de Goiás (Crea) afirmou que em locais de grande circulação de pessoas, como um parque aquático, é indicado que haja pessoas vigiando e orientando sobre a interdição do espaço, além de uma estrutura reforçada de proteção para que apenas trabalhadores autorizados consigam ter acesso.
“É muita gente, um público muito diversificado. Um detalhe importante é que o clube estava em operação. Circulam pessoas que não sabem dos locais onde estão impedido o acesso ou estão em manutenção”, disse o coordenador da área de segurança do Crea, Ricardo Ferreira.
Fonte:G1