Integrantes do Movimento Sem Terra (MST) invadiram, na noite desta terça-feira (8), a sede do Grupo Jaime Câmara, que abriga veículos como TV Anhanguera, os jornais O Popular e Jornal Daqui, e a rádio CBN.
O grupo, com cerca de 70 pessoas, pichou paredes da empresa e fez gritos de protesto contra a Rede Globo, da qual a TV Anhanguera é filiada. Imagens e fotos da ocupação estão circulando pelo WhatsApp.
Frases como “O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo” foram gritadas pelos participantes. Nas paredes, foram pichadas mensagens como “Rede esgoto fora”, “Não vai ter golpe” e “Globo e ditadura de mãos dadas”. Não houve confronto.
O ato atende a orientação da direção nacional do MST para que agrupamentos locais realizassem manifestações nas sedes regionais da Globo. Há relatos de ações em outros estados, mas a única invasão registrada até o momento foi a ocorrida em Goiânia.
Após o protesto, o grupo deixou a emissora escoltado pela Polícia Militar, que apenas acompanhou o ato.
Repudios da invasão
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) repudia e condena com veemência a invasão pelo MST da sede do Grupo Jaime Câmara, que edita os jornais O Popular e Daqui, e onde funcionam ainda a TV Anhanguera e a Rádio CBN.
Trata-se de ato criminoso próprio de grupos extremistas, incapazes de conviver em ambiente democrático. Na nota, a ANJ diz que é lamentável que o vandalismo seja usado contra os meios de comunicação, que cumprem sua missão de informar a sociedade. Ao invadir e pichar o Grupo Jaime Câmara, buscando intimidar e constranger seu trabalho jornalístico, os integrantes do MST atingiram o direito dos cidadãos de serem livremente informados.
A ANJ aguarda que as autoridades identifiquem os responsáveis pelo ato criminoso e os encaminhe à Justiça, para a punição, nos termos da lei.
Já a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) considera ultrajante a invasão promovida pelo Movimento dos Sem Terra (MST) à sede das Organizações Jaime Câmara.
A ABERT repudia os atos de vandalismo do MST e considera uma forma de intimidação ao trabalho da livre imprensa.
A Associação pede às autoridades locais a apuração rigorosa dos fatos, bem como a punição dos responsáveis.