O inverno no Brasil começa nesta quarta-feira (21) e vai até o dia 23 de setembro. A estação, aqui em Goiás, tem como característica principal a presença insistente de massas de ar seco, o que traz uma queda na umidade relativa do ar. Dessa forma, caem os níveis de chuva, aumenta o risco de queimadas e também surgem mais casos de doenças respiratórias. Esses fatores são intensificados pelo fenômeno do El Niño.
Durante a estação, é comum massas de ar frio vindas do Sul, que puxam uma diminuição na temperatura, mas essas quedas ficam mais restritas às manhãs e madrugadas.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para a possibilidade de formação de nevoeiros e/ou névoa úmida no Sul e Sudeste do estado, devido às inversões térmicas comuns durante o período da manhã. O fenômeno pode ocasionar diminuição de visibilidade, especialmente em estradas e aeroportos.
A expectativa do Inmet para a estação, é uma média diária de 30% para a umidade relativa do ar, com picos de queda abaixo dos 10%. Neste ponto, o recomendado pelas organizações de saúde, é diminuir atividades físicas de grande esforço durante o pico do sol e aumentar a ingestão de líquidos.
El Niño
Neste ano, o diferencial é a atuação do El Niño durante o inverno. O fenômeno consiste no aquecimento do Oceano Pacífico, o que afeta níveis de umidade, correntes de vento e também as temperaturas em todo o continente. À reportagem, Elizabete Alves, meteorologista do Inmet, conta que a intensidade do fenômeno está classificada atualmente como moderada, mas pode escalar nos próximos meses.
Em Goiás, isso se traduz como um aumento nas temperaturas e diminuição dos níveis de umidade relativa do ar. Essas características acendem alerta durante o inverno goiano, já que queimadas e doenças respiratórias são agravadas nessas condições. Elizabete aponta para picos de aumento de 1,5°C a 2°C na temperatura, e picos de queda na umidade relativa do ar, podendo chegar a casa dos 15%.
Os efeitos do El Niño podem se estender até a primavera e, até mesmo, afetar o clima do ano que vem. É necessário acompanhar o desenvolvimento do fenômeno mês a mês para saber da escalada de sua atuação.
Fonte:G1