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Dois irmãos são suspeitos de matar um jovem de 26 anos que atirou aleatoriamente na rua em que a mãe da deles morava, no Residência São Marcos, em Goiânia. A vítima, Joilson Diniz Santos, foi baleada e jogada dentro de uma fossa. Um dos investigados, Wallace Feliciano Martins de 19 anos, morreu no incêndio dentro do Centro de Internação Provisória (CIP), na capital. Já o outro envolvido, Willian Feliciano Martins Filho, de 20, já estava preso por outros crimes.
Apesar dos disparos, a mãe da dupla, não foi ferida. Conforme a polícia, Joilson voltava de uma pescaria no dia 25 de novembro do ano passado quando realizou vários tiros para o alto na rua, próximo a sua residência. Assustada, uma das vizinhas ligou para o filho, Willian, contando o fato. Em sua apresentação, realizada nesta terça-feira (19), ele confessou o homicídio, mas isentou o irmão.
“Eu e o Joilson éramos amigos, não entendi porque ele saiu atirando na direção da casa da minha mãe. Isso não era uma brincadeira, ninguém atira perto da sua casa e você acha que é brincadeira”, disse Willian durante a apresentação da polícia.
Segundo o delegado Ernane Cazer, responsável pelo caso, após a ligação da mãe, Willian foi até o local e começou a discutir com Joilson devido aos disparos. “Depois da briga, a vítima foi para um bar. Nesse período em que ficou fora, o Willian depredou a casa dele, quebrando janelas, móveis e eletrodomésticos, e esperou que o Joilson voltasse para cometer o crime”, contou.
Segundo a perícia, Joilson foi baleado no braço, arrastado até o quintal da casa e depois levou outro tiro, desta vez na cabeça. Em seguida, o corpo foi jogado em uma fossa. Para a polícia, Willian teve a ajuda do irmão, Wallace Feliciano Martins de 19 anos, para carregar o corpo.
Detidos por outros crimes
Willian, que trabalhava como lavador de carros, foi preso cinco dias depois do homicídio, mas por suspeita de envolvimento com tráfico de drogas e roubo. Desde então ele está detido no Complexo Penitenciário Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia.
Já o irmão dele estava no CIP, unidade que abriga menores infratores, localizada dentro do 7º Batalhão da Policia Militar. Apesar de já ser maior de idade, ele foi apreendido e encaminhado ao local por um ato infracional cometido quando ele ainda era menor. Ele foi um dos dez internos que morreu no incêndio na unidade.
“Apesar dos dois já estarem detidos por outros crimes e um deles, inclusive, já ter morrido, só conseguimos descobrir que eles eram os autores recentemente e pedir o mandado de prisão contra a eles há duas semanas”, completou o delegado.
Willian vai responder por homicídio qualificado. A pena para esse crime, em caso de condenação, varia de 12 a 30 anos.
Fonte: G1
