Preso desde o dia 27 de maio, José Maria Marin já gastou R$ 1,9 milhão em sua defesa, de acordo com informação publicada pela coluna “Painel FC”, do jornal “Folha de S. Paulo”, nesta terça-feira. A prioridade dos advogados do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é evitar a extradição aos Estados Unidos. Metade desse valor já teria sido gasto somente com esse fim. A Justiça americana tem até sexta-feira para solicitar a ida dos sete dirigentes acusados aos EUA.
Segundo publicação, dois escritórios foram contratados pela família e amigos para a defesa de Marín por quase R$ 1 milhão. Os advogados responsáveis pelo caso pensam até mesmo em uma saída em caso de derrota na extradição: firmar um acordo com o governo norte-americano, no qual ele se colocaria à disposição da Justiça e pagaria indenizações ao país. Os defensores do dirigente admitem até mesmo que Marín abra seu sigilo bancário e pague ao governo dos EUA as multas correspondentes pelos seus crimes.
Apesar da colaboração, o acordo não prevê a confissão da culpa, nem mesmo delação premiada. Marín já descartou passar informações à Justiça americana sobre o ocorrido. Caso a extradição seja real, o objetivo do acordo seria para que ele não ficasse em presídios de Nova York. A idade de 83 anos seria usada para buscar uma liberdade condicional. Com isso, Marín ficaria em liberdade, mas com restrições de circulação. Primeiramente, ele usaria tornozeleira eletrônica. Em um segundo momento, ficaria apenas no Estado de Nova York, onde tramita o processo.
Marín foi preso em maio acusado ao lado de outros seis dirigentes do futebol mundial de integrar um esquema de propina na negociação de acordos de transmissão de torneios nas Américas do Sul, Central e do Norte.
Fonte: Ge