O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já acertou sua saída do governo com a presidente Dilma Rousseff, segundo a edição desta quarta -feira do jornal Valor Econômico. O acerto ocorreu há alguns dias e prevê que Levy permaneça no cargo por um breve período, até que a presidente defina seu substituto, de acordo com a publicação.
Nesta terça, o governo enviou ao Congresso uma proposta de superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) para 2016 que corresponde a 0,5% do produto interno bruto (PIB), mas com a possibilidade de abatimentos que podem até zerar essa meta. A proposta contraria o plano de Levy, de meta fiscal de 0,7% do PIB.
Antes da decisão do governo, havia afirmado que seria “inconveniente” reduzir a meta. A proposta de redução mostra que o governo já não estava mais de acordo com a proposta do ministro da Fazenda. Levy, aliás, sequer participou das discussões para a alteração da meta fiscal, segundo a presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES). Ela classificou a investida como “mais um erro de articulação do governo”.