O presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), Marcelo Baiocchi, diz que os lojistas estão preparados para manter o funcionamento do comércio de forma segura. Shoppings, galerias e comercio varejista puderam abrir as portas nesta terça-feira, 23, após batalha judicial.
De acordo com Baiocchi, os quase 100 dias de paralisação do comércio geraram um alto número de demissões, com muitas lojas não conseguindo reabrir e outras tantas sem repor por ora o quadro de funcionário de antes da pandemia.
“Segundo o Caged [dado do IBGE], março e abril somaram 32 mil demissões, com saldo negativo de mais de 12 mil empregos. Maio ainda não foi divulgado, mas a expectativa nossa é que esse número não ficará menor do que 15 mil empregos perdidos”, disse.
Para ele, o segmento está preparado com todos os produtos e procedimentos de proteção para oferecer aos nossos funcionários e nossos clientes. Entre os protocolos, a prefeitura, por meio de decreto publicado na sexta-feira, 19, tornou obrigatório o uso de máscaras, álcool em gel, tapetes sanitizados. Nos shoppings, há controle de lotação em 30% da capacidade.
Para o presidente da Fecomércio, o cenário do comércio para o trabalhador não é dos melhores até o fim do ano. Segundo ele, além das lojas que não conseguirão reabrir, haverá a dificuldade de quem reabrir de retomar o mesmo volume de vendas da pré-pandemia, o que inibirá a oferta de vagas de trabalho.
Batalha judicial
O decreto que permitia abertura dos segmentos em Goiânia foi derrubado no domingo, 21, em decisão liminar do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). A liminar, por outro lado, foi derrubada na noite de segunda, 22, após pedido de agravo feito pelo Sindicato das Empresas de Administração de imóveis e condomínios de Goiás (Sicovi).
O Ministério Público, entretanto, anunciou que vai entrar com mandado de segurança no TJ-GO para a decisão liminar volte a valer.