Integrantes do governo com trânsito no Judiciário aconselharam Lula a deixar para o ano que vem a indicação que fará ao STF para a vaga aberta com a saída da ex-ministra Rosa Weber.
Aliados do presidente levam dois fatores em consideração. Primeiro, argumentam que um anúncio por agora poderia servir apenas para “queimar” o escolhido de Lula.
Para isso, afirmam que a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, etapa que antecede a posse no STF, pode demorar a acontecer.
Lembram que Davi Alcolumbre, que preside o colegiado e tem a prerrogativa de determinar a data da pauta, tem histórico de cozinhar indicados (vide a demora de quatro meses com André Mendonça e para vagas no STJ). A longa espera, dizem aliados de Lula, seria usada por Alcolumbre como moeda de troca em negociações com o Planalto.
O senador queria manter Augusto Aras no comando da Procuradoria-Geral da República. Não conseguiu. Agora, pleiteia retomar o controle da liberação de emendas parlamentares – artifício que, quando presidiu o Senado, deu-lhe imenso poder.
Portanto, se não for Bruno Dantas o escolhido de Lula (preferido de Davi Alcolumbre), será grande a chance de uma espera, nada confortável para o Planalto, para a sabatina do indicado na CCJ.
Além do ministro do TCU, também estão no páreo o ministro da Justiça, Flávio Dino, considerado favorito; e o advogado-geral da União, Jorge Messias.
Fonte: Metropoles