Na quinta-feira, 2, os Estados Unidos afirmaram que o general iraniano Qassem Soleimani foi morto por um soldado da força aérea americana. Soleimani era da Guarda Revolucionária Islâmica Iraniana e tinha forte influência no regime político do país, o que levou o líder Ali Khamenei prometer retaliação. O receio do início de uma guerra entre os dois países criou tensão no mercado. A situação seria, segundo analistas políticos, muito mais problemática para os EUA do que os conflitos no Oriente Médio que o país enfrenta há anos.
O ataque pode afetar o crescimento da economia global, que era uma das principais preocupações dos investidores. Ativos de risco, principalmente ações, são impactados negativamente na medida em que os investidores diminuem posições e migram para ativos considerados como “proteções”. O ouro, yen, treasuries e dólar, em contrapartida, se beneficiam nesse momento.
O Irã possui a quarta maior reserva de petróleo do mundo, de modo que o conflito na região pode impactar a oferta global, o que está fazendo o preço do petróleo subir mais de 3,6%.
Segundo o analista do Capital Research, Samuel Torres, a alta do dólar e do petróleo pode afetar também a inflação. Em razão disso, é imprescindível manter uma “carteira diversificada”, que contenha ativos de proteção que podem se beneficiar de diversos momentos de mercado. Dessa forma, a economia não é surpreendida com esse tipo de situação, que interrompeu a sequência de altas no mercado motivada pela redução das incertezas com a conclusão da primeira fase do acordo comercial entre EUA e China.
Fonte: Jornal Opção