Ainda considerada como uma praga secundária na agricultura brasileira, a mosca branca (Bemisia tabaci) já passou a tirar o sono de produtores e ser foco de muitas pesquisas. O inseto pode ser encontrado em plantações de soja, tomate, feijão, algodão e hortaliças.
Como se multiplica com facilidade e causa mais problemas em locais com altas temperaturas e clima seco, a mosca branca pode se tornar uma praga prioritária principalmente nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Segundo Edson Hirose, pesquisador da Embrapa, cada fêmea pode colocar de 40 a 150 ovos. Além disso, há indícios de que os defensivos podem perder eficiência no combate à praga. “A possibilidade de que ela desenvolva resistência rapidamente é grande”, diz o pesquisador.
A mosca branca não é uma mosca!
Embora seja conhecida por esse nome, muita gente não sabe que, na verdade, ela não é uma mosca. Na classificação da biologia, moscas são insetos da ordem Díptera, porque possuem só um par de asas. O inseto chamado de mosca branca pertence à ordem Hemíptera, o que significa que possui dois pares de asas, uma rígida presa a base do corpo e outra flexível, responsável pelo voo do inseto. Esse grupo é formado por insetos sugadores, como cigarras, cigarrinhas, afídios e bichos-frade.