Motoristas dormem em filas para tentar abastecer

Motoristas dormiram na fila, na noite de quinta-feira (31) para esta sexta-feira (1°), para tentar garantir o abastecimento dos carros em postos de combustíveis de cidades das regiões sudeste e sudoeste de Goiás. Eles afirmam que estavam com medo de ficar sem gasolina e etanol para abastecer os veículos, já que, mesmo após o fim da greve dos caminhoneiros, vários estabelecimentos estão desabastecidos.

Em Jataí, na região sudoeste, o profissional autônomo Marcos Aurélio Vieira foi um dos motoristas que trocaram a cama pelo banco do carro na madrugada desta sexta-feira. Ele foi para o local na noite de quinta-feira e até as 10h desta manhã não havia conseguido abastecer o carro.

“Nós chegamos aqui por volta das 22h, dormimos dentro do carro e nós estamos aqui até agora esperando para abastecer”, disse o motorista.

Dois após o fim da greve dos caminhoneiros, goianos ainda estão com dificuldades não só para abastecer o carro, como também para encontrar gás de cozinha. Nas revendedoras de botijão estão sendo montadas listas de espera para quando novos carregamentos chegarem.

Em Rio Verde, também no sudoeste goiano, o entregador John Alem Monteiro também chegou para abastecer ainda durante a madrugada, antes mesmo do posto começar a funcionar. Na cidade, até as 11h desta sexta-feira, dos 52 postos de combustível da cidade, apenas 10 estavam com produtos para repassar aos clientes.

“Uma das filas menores que eu encontrei foi de 4h e meia de espera”, desabafou.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade, disse, nesta sexta-feira (1°), que até o fim do dia 70% dos postos do estado já devem estar abastecidos.

“A informação é que os abastecimentos estão sendo feitos pelas distribuidoras. Existe ainda um pequeno gap, uma falta de etanol, mas que já está se regularizando, já está um pouco maior do que antes. A gente acredita que até o fm do dia 70% dos postos do estado já estarão abastecidos, tanto na capital, quanto no interior”, disse.

Sem gasolina, com carroça

Sem combustível no carro, o comerciante Ivan Soares dos Santos decidiu usar a carroça para levar as verduras da chácara dele para a feira, em Anápolis, a 55km de Goiânia. Por causa da paralisação dos caminhoneiros contra a alta do diesel, a maioria dos postos da cidade ainda não recebeu gasolina.

“A gasolina está muito cara. Está difícil para achar, não está achando, o jeito é andar de carroça, à moda antiga”, disse Santos.

O litro da gasolina é vendido a até R$ 5 nos postos de Anápolis. Mesmo com o fim da paralisação, a maioria não recebeu todos os combustíveis. Nos que têm, motoristas fazem fila para abastecer os carros.

Fonte: G1

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