Campeã olímpica Tandara, da seleção brasileira, que só perde em média de pontos na Superliga feminina para Tifanny (primeira transexual a jogar numa competição nacional). Após a vitória de seu time, o Osasco, sobre o Bauru, de Tifanny, em que as duas anotaram 31 pontos, a oposta da seleção disse ser contra a presença da adversária no vôlei feminino. Em quadra, porém, o clima entre as duas foi bem descontraído, com Tandara brincando com a rival antes da partida e durante o segundo set.
– Eu respeito a história dela, para a sociedade é muito importante, dar a cara para bater, é uma pessoa que eu respeito muito. É um assunto delicado. Eu estava segurando para falar sobre isso porque estava esperando nosso confronto. Estudei, falei com muita gente sobre o assunto, tive um respaldo e eu não concordo com ela jogar no vôlei feminino – disse a oposta.
A jogadora do Osasco justificou a opinião:
– A puberdade dela inteira se desenvolveu como sexo masculino. Não é preconceito, é fisiologia. Precisamos saber diferenciar isso. O pulmão dela é maior, o coração dela é maior, o quadril dela é menor, por isso é mais fácil dela saltar – disse.