Segundo relatório divulgado pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Alimentar da Argentina (Senasa), a operação de controle da nuvem de gafanhotos, realizada na manhã da quinta-feira, 2, na região de Sauce, na província de Corrientes, foi considerada satisfatória. Conforme a agência governamental, a aplicação aérea durou 45 minutos, cobrindo toda a área com os insetos, em um local conhecido como Estância San José.
“Os tratamentos foram realizados em 115 hectares para reduzir a nuvem de gafanhoto. De manhã, foram feitas aplicações aéreas. Uma equipe foi a cavalo até o local onde estavam os insetos para corroborar os resultados do tratamento, que conseguiu reduzir a densidade da praga”, disse o governo da Argentina.
De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sidag) do Brasil, a expectativa é de que a ação do avião agrícola tenha eliminado pelo menos quase toda a nuvem de gafanhotos. “Três horas após a aplicação, técnicos do Senasa chegaram ao ponto onde estavam os insetos e encontraram parte deles mortos e outros se debatendo ou voando de maneira irregular”, disse em comunicado.
Apesar de haver condições climáticas para fuga, já que a temperatura chegou a 17 ºC durante o dia, em nenhum momento foi detectado qualquer voo de parte da nuvem deixando o local.
Comprovação
Segundo o representante das Confederações Rurais Argentinas (CRA), Martin Rapetti, ainda não se conseguiu quantificar e eficácia da operação, embora o tratamento tenha ocorrido bem. A averiguação final do sucesso da ação desta quinta deve ser deve ser feita na manhã desta sexta-feira, 3. É quando os técnicos do Senasa voltarão ao local para contabilizar os insetos eliminados. Parte da equipe acompanhou a operação a quatro quilômetros do local, de onde podia visualizar toda a área para se certificar de que não houve fuga de insetos. A observação dali durou até o fim da tarde.
O ponto onde estão os gafanhotos é de difícil acesso. Depois de sair da Ruta 30, Equipes do Senasa seguiram de caminhonete até a sede da Estância São José e, dali, foram a cavalo por mais de uma hora, guiados por um peão da fazenda até o local da operação. A aplicação estava marcada para quarta, 1º, mas acabou abortada na última hora por causa do vento e chuvas intermitentes. Como ainda estava frio, os insetos permaneceram na mesma área em que havia pousado na segunda-feira, 29, e foram mapeados na terça, para a operação aérea.
Fonte: Canal Rural