-O clima do trimestre de fevereiro, março e abril indica uma gradativa diminuição das chuvas no leste e centro do país.
-O fenômeno La Niña persiste durante o período, migrando para a neutralidade climática entre março e maio (51%).
-As chuvas continuam irregulares em grande parte do país.
-A faixa noroeste-sudeste, poderá ter chuvas acima da média no período. Podendo atrapalhar a colheita em algumas regiões.
-Naquelas regiões que fizerem a colheita num tempo hábil, a implementação da segunda safra será num bom momento.
-As principais culturas da região sudeste podem ser beneficiadas pelas chuvas.
-Extremo sul e região nordeste, podem ter chuvas abaixo da média para o período.
-As temperaturas estarão acima da média em boa parte do centro/nordeste do país.
A transição entre fevereiro a abril é caracterizada pela gradativa mudança do padrão das chuvas sobre o país, que gradativamente vai diminuindo os volumes em algumas regiões, ao passo que aumenta em outras. A climatologia – média da chuva mensal ao longo dos anos – mostra o deslocamento dos maiores volumes para o norte do país ao mesmo tempo que sobre a faixa leste e alguns pontos do centro-oeste a tendência caminha para uma diminuição dos volumes esperados.
Porém, os prognósticos mais recentes indicam que nos próximos meses temos uma tendência para o enfraquecimento do fenômeno, com o aquecimento das águas no oceano. Uma das evidências que mostram essa tendência para aquecimento, é o avanço de um bolsão de águas mais quentes nas profundidades da região monitorada.
Este monitoramento mostra que o La-Niña está migrando para o fim, e muito provavelmente já tenhamos passado pelo pico das menores temperaturas do oceano. A projeção probabilística indica que em Fevereiro-Março-Abril as condições permanecem para La-Niña (74%). Migrando para uma maior condição de neutralidade no trimestre Março-Abril-Maio (51%).
O final do ano de 2022 mostra um cenário incerto em relação ao padrão das águas do oceano pacífico, pois a projeção probabilística indica 26% para La-Niña, 42% para Neutralidade e 32% para El-Niño. Além disso, quanto mais distante da projeção, mais incertezas as previsões carregam, desta forma, neste momento, nada podemos afirmar sobre qual será a configuração climática para a safra de 2022/23.
Em relação às chuvas, continuamos com um padrão bastante irregular, porém existe uma tendência de que os volumes sejam acima daquilo que seria esperado para a época do ano na faixa noroeste/sudeste do país. Abrangendo boa parte da região norte, centro-oeste, metade norte do sudeste e sul da região nordeste. Este é um padrão consistente nas diferentes projeções avaliadas pela equipe Agrotempo.