Um padrasto foi preso na noite de domingo (20) como suspeito de matar o próprio enteado de apenas 2 anos ao jogar o menino com força contra um colchão, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. Segundo a Polícia Militar, o homem confessou o crime e disse que matou o enteado porque ele não o deixava dormir. A Polícia Civil investiga o caso.
O nome dele não foi divulgado pela PM, com isso, o g1 não localizou a defesa para se manifestar sobre a prisão até a última atualização deste reportagem.
O padrasto foi preso por homicídio qualificado por motivo fútil. Na residência, ele fez a reconstituição do crime na frente dos policiais usando um urso de pelúcia.
“Peguei e joguei. Quando ele caiu, essa parte aqui [mostrando a coluna do menino] foi muito forte. Eu admito que foi forte, já na primeira vez. Quando ele se levantou, foi mais forte ainda. Eu me extrapolei. Ele bateu o pescoço e começou a ficar sem ar”, contou o padrasto.
O menino foi levado para uma Unidade Pronto Atendimento (UPA) pediátrica da cidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Um médico legista atestou a morte cerebral da criança.
Segundo o boletim de ocorrência, a PM conversou com o legista. O médico apontou diversas incoerências entre a versão do padrasto e as lesões encontradas no corpo do menino.
“Antes de perceber que a criança estaria inconsciente e entrando em convulsão, o homem relatou ter repetido a agressão pela terceira vez, até perceber que a criança estava inconsciente e com os batimentos acelerados”, diz o boletim de ocorrência.
Indiferença e agressões
Os relatos do policiais militares mostram que a mãe, que estava trabalhando, e o padrasto demonstraram indiferença com a morte da criança. Com as incoerências nos depoimentos, a equipe procurou a babá para obter informações.
A mulher contou que cuidou da criança nos últimos dois meses. Nesse tempo, o menino sempre aparecia com machucados e hematomas pelo corpo. Um vez, ele estava com o braço inchado e um exame descobriu que um osso estava quebrado.
A babá disse para os policiais que o menino tinha medo do padrasto, principalmente quando ele ia buscá-lo em sua casa.
A mãe da criança confessou que o padrasto batia em seu filho. Ela contou que também já apanhou dele, mas que não procurou a polícia para registrar ocorrência.
Fonte:G1