Pai de mecânico assassinado em hospital de Jataí crê em ‘engano’

Pai do mecânico morto dentro de um hospital público de Jataí enquanto aguardava o parto da esposa, Romário Pereira da Silva disse não ter dúvidas de que o filho foi vítima de um engano. “Está tudo escuro, a gente não sabe o que aconteceu. Ele não tinha vínculo com droga, com nada. Era um menino caseiro, não tinha briga com ninguém”, declarou.

“Acho aí que foi uma coisa muito doida, um engano. Não tem lógica”, lamentou o pai.

O crime aconteceu no final da manhã desta quarta-feira (16), na recepção do Hospital das Clínicas. Wellington Pereira da Silva, de 30 anos, estava escorado em uma pilastra da recepção enquanto aguardava atendimento para a mulher. Grávida, ela pegaria um encaminhamento para cesárea quando o crime ocorreu.

Testemunhas afirmam que um homem chegou ao local simulando que queria atendimento e, então, se dirigiu para onde estava Wellington. O delegado responsável pela investigação, Elexandre Cézar Rossignolo,  as informações preliminares são de que o autor tenha atirado seis vezes e que quatro disparos tenham atingido a vítima.

“Já chegou atirando, foi em direção à vítima, chegou para matar”, explica o delegado. “Eu ainda não recebi o laudo cadavérico, porque só fica pronto em dez dias, mas já sei que o Wellington foi atingido na cabeça e parece que também no tronco.”

O delegado disse não trabalhar com uma linha específica de investigação. O único antecedente criminal da vítima é de 2009, por desacato.

Imagens de circuito de segurança mostram um homem, suspeito de ser o atirador. Ele teria se confundido e tentado pegar carona com uma motociclista que estava no local, ao invés de com um suposto “comparsa”. Depois, deixa o veículo, caminha a pé e encontra a pessoa com quem teria chegado.

“Não temos imagem de dentro do hospital e sabemos que foi uma ação bem rápida. Estamos sem ideia de suspeitos ainda. O que sabemos é que o elemento que levou responde como copartícipe”, afirmou Elexandre.

O prazo inicial para conclusão do inquérito é de 30 dias. Nesta quinta (17), duas testemunhas oculares devem prestar depoimento. A família vai ser oficialmente procurada nesta sexta.

Uma mulher ouvida pela TV Anhanguera narrou o pânico sentido no momento. “O homem chegou como se ele fosse consultar, mas aí ele já começou atirando. Eu saí correndo. Se eu não corresse, teria pegado em mim também.”

Nascimento do bebê

Por causa do homicídio, o médico decidiu adiar o parto. O bebê – Romário Neto – é o primeiro filho do mecânico. A mulher dele foi levada para a casa do sogro e está medicada.

“Deus me livre comemorar um nascimento em cima de uma morte”, comentou Romário.

O velório e o enterro do mecânico ocorreram na manhã desta quinta (17).

Em nota, a Prefeitura de Jataí classificou a situação como “lamentável” e disse que aguardará a conclusão do caso para poder se manifestar sobre. Além disso, informou que o hospital solicitou policiamento após o ocorrido e não fechou para atendimentos.

Fonte: G1

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