O sinal vermelho para o risco de colapso do sistema de saúde em razão do coronavírus mantém autoridades em alerta para surtos de doenças já conhecidas. Em Goiânia, os agentes de combate às endemias, que fiscalizam e orientam a população sobre os riscos de focos da dengue, seguem em atuação. De acordo com o Executivo Municipal, medidas de seguranças estão sendo tomadas para preservar a categoria durante as visitas, com máscaras e protocolos de distâncias mínimas.
Para o gerente do centro de Zoonose,Wellington Tristão da Rocha, embora o processo epidemiológico do novo coronavírus seja de extrema complexidade, não há brechas para descuidos com o Aedes Aegypti, transmissor da dengue. “Não podemos de forma alguma parar os trabalhos. Imagina uma cidade com casos de Covid e também de dengue em forma grave”, explica Wellington Tristão.
De acordo com o gerente, desde o início dos protocolos de quarentena o município adota medidas de segurança para os trabalhadores.
“Os agentes estão usando máscaras, fazendo apenas visitas peridomiciliar [nos quintais] e adotando distância mínima de dois metros do morador. Nas casas o trabalho está focado na área educacional, falando sobre a importância dos cuidados contra os criadouros que possam servir de local para procriação. E assim vamos conseguir”, finaliza o representante do município.
O que diz o sindicato
O Sindicato dos Servidores da Saúde de Goiás (Sindisaúde-GO) destaca reconhecer a importância do trabalho dos agentes, mas diz que há preocupação com relação às condições de trabalho oferecidas nos diversos municípios do Estado. “O que estamos exigindo dos prefeitos e secretários e demais representantes são condições de trabalho”, afirma Flávia Alves, presidente da entidade.
“Se as prefeituras querem que o agente trabalhe ele também não pode se colocar em risco”, destaca Flávia, que exemplifica ser necessário o uso de máscaras e a adoção de protocolos de segurança. “Caso falta a primeira reação é dizer que não vai trabalhar e depois registrar a reclamação.”, explica a presidente, que destaca: “Não podemos ser soldados de frente sem as armas mínimas”.
Fonte: Jornal Opção