Dissidentes questionaram como uma união se encaixaria na estratégia do presidente do conselho e presidente-executivo
A direção da processadora de alimentos BRF encontrou resistência de uma minoria de seu conselho para negociações sobre uma potencial fusão com a Marfrig que pode criar uma das maiores produtoras de carnes do mundo, disseram três fontes com conhecimento do assunto.
As companhias anunciaram na última quinta-feira (30) que discutem um possível acordo que uniria a BRF, que produz suínos e aves e é líder mundial em exportações de frango, e a Marfrig, segunda maior produtora de carne bovina no mundo depois da JBS.
As fontes, que pediram anonimato para discutir deliberações confidenciais, disseram que os 10 conselheiros da BRF não aprovaram por unanimidade as negociações exclusivas com a Marfrig. Eles se recusaram a divulgar a contagem de votos.
Dissidentes questionaram como uma união se encaixaria na estratégia do presidente do conselho e presidente-executivo, Pedro Parente, de cortar dívidas, vender ativos e reestruturar operações após uma série de perdas.
Uma das fontes disse que a administração ainda assim recebeu apoio de uma “maioria sólida” do conselho, deixando espaço para discussões. Essa pessoa avalia que votos contrários são naturais em transações dessa magnitude.
O conselho da BRF inclui Parente, o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues e Augusto Cruz, ex-presidente-executivo do varejista Pão de Açúcar, entre outros.
A BRF se recusou a comentar sobre o assunto além do documento enviado ao órgão regulador na última quinta-feira.
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