Paula Fernandes participou do programa Vai, Fernandinha e aproveitou para esclarecer alguns pontos sobre sua carreira e vida pessoal. Na entrevista, ela começou rebatendo os rumores de que seria antipática.
– Na época do boom mesmo, em 2011, eu fiz 220 shows no ano. Faz a conta! Eu ia em casa só para trocar a mala. Nessa época, foi quando eu sofri mais por falta de uma boa administração da carreira. Ele [o empresário] pedia 50 mil toalhas brancas, pedia mais não sei o quê… E eu lá, nem sabendo. Surgiram coisas que me atrapalharam muito. [Diziam] que ‘a Paula é antipática’, ‘a Paula não atende’.
– Eles não te humanizaram, né? Te trataram como uma máquina e, quando a máquina não deu conta, você ficou de blasé, de arrogante. Sendo que nem você tinha a possibilidade de demonstrar a imagem que você queria passar, apontou Fernanda Souza.
– Eu não entendia porque as pessoas tinham essa impressão de mim. E aí comecei a entender que era algo que estava ao redor, foi a grande sacada.
– Você se sentia muito injustiçada?, perguntou Fê Souza.
– Muito. Ficava p da vida em casa, achava que tinha que falar alguma coisa. Mas pensava: vou falar o quê? Quem é que vai me ouvir? Quem vai saber que essa timidez aqui não é antipatia? É simplesmente timidez
A cantora também abriu o jogo sobre o período em que foi diagnosticada com depressão, aos 19 anos de idade.
– Eu acho que foi um conjunto de coisas. Primeiro que assumi responsabilidade muito cedo. Nunca vou culpar meus pais, mas acho que foi o sistema. Eu não tinha uma Paula Fernandes paralela. Era muito a artista. E com 18 anos eu vi que faltava essa outra parte, da vida social. Avistei a janela e queria pular. Emagreci sete quilos na época. Cabelo caiu. Demorei milênios para aceitar, porque achei que era coisa de gente doida. E quando eu aceitei o tratamento, aceitei o remédio, eu comecei a melhorar. Fiquei três anos no processo.
Fonte: msn.com