O último ano foi um período desafiador para muitas empresas brasileiras. De acordo com dados divulgados pela Serasa Experian, o Brasil registrou um aumento de 68,7% nos pedidos de recuperação judicial em 2023, na comparação com o ano anterior. O total foi de 1,4 mil requisições judiciais desse tipo, marcando um dos maiores números de pedidos na história recente.
Membros destacados no cenário de recuperação judicial
Americanas, Light, Oi e Gol estão entre as grandes empresas que solicitaram recuperação judicial em 2023. A Gol, porém, optou por entrar com o pedido em tribunais dos Estados Unidos. Isso configura uma condição reflexiva do recorde de inadimplência das empresas no específico ano.
Setor de serviços lidera lista de pedidos de recuperação judicial
O setor de serviços encabeçou a lista de requisições de recuperações judiciais, contabilizando 651 pedidos, seguido pelo comércio, com 379 solicitações. Isso aponta para a notória dificuldade enfrentada pelos prestadores de serviços diante da instabilidade econômica.
Além do aumento nos pedidos de recuperação judicial, dados apontam que 2023 também foi marcado por uma alta de 13,5% nos pedidos de falências em comparação ao ano anterior, somando 983 requisições. O principal impulsionador dessa alta foram as micro e pequenas empresas.
Serviços, indústria e comércio: maiores demandantes de falências
Analisando os setores de atuação, serviços, indústria e comércio foram os que mais solicitaram pedidos de falências. As estatísticas divulgadas pela Serasa Experian denotam a necessidade de políticas de apoio e medidas visando a recuperação e estabilização das empresas afetadas, principalmente diante do atual contexto econômico desafiador.
Para Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, apesar de existirem sinais de melhoria no cenário econômico, como a queda da inflação e das taxas de juros, a reação no panorama de recuperação judicial foi mais lenta que o esperado. Isso reforça a necessidade de respostas rápidas e efetivas para auxiliar as empresas em dificuldades.
Este é mais um desafio na busca por uma economia brasileira mais estável e vigorosa.