PERÍCIA APONTA QUE QUEDA DE AVIÃO EM RIO VERDE-GO PODE TER SIDO CAISADA POR FALHA MECÂNICA

Polícia já descartou cinco hipóteses do que teria provocado o acidente; aeronave bateu com a asa no chão e foi lançada contra uma árvore
A Polícia Técnico-Científica de Rio Verde está concluindo o laudo pericial do local do acidente aéreo ocorrido na última sexta-feira (13) na cidade, que causou a morte de duas pessoas: do dentista Paulo Roberto Maciel Maia e do empresário Amador Antônio de Oliveira; ambos moradores da cidade. As apurações preliminares apontam que a queda do avião experimental pode ter sido causada por uma falha mecânica. Os trabalhos agora estão por conta do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).

Na queda, a aeronave de pequeno porte atingiu uma árvore em uma propriedade rural à margem da GO-174, próximo ao Clube do Laço, em Rio Verde. O avião tinha acabado de decolar do aeroporto da cidade. 
Para auxiliar no trabalho da Polícia Técnico-Científica de Rio Verde, se deslocaram à cidade, dois especialistas (engenheiros aeronáutico e eletricista) do Instituto de Criminalística Leonardo Rodrigues de Goiânia. 
A equipe de reportagem do DIÁRIO DO RIO VERDE conversou com o perito da Polícia Técnico-Científica de Rio Verde, Paulo Lima, que explicou o que foi encontrado no local do acidente e como isso ajuda a esclarecer as causas da queda do avião. “Embora sejam poucos dias de investigações, podemos excluir cinco hipóteses: pane seca, que é a falta de combustível durante o voo; a perda de peças no ar; a colisão com algum objeto; seja um pássaro ou drone, por exemplo; pane elétrica; e a situação de estol – termo aeronáutico utilizado para classificar uma queda vertical, causada pela falta de sustentação aerodinâmica”, afirmou Lima.

Diferente do que algumas testemunhas disseram logo após o acidente, de que o avião havia caído de bico no chão, o perito disse que é possível afirmar que a aeronave atingiu o solo lateralmente e que já havia alcançado uma altura mínima de mil pés. 
“Com base no check-list do avião (roteiro que o piloto segue do que se fazer durante o voo) vimos que ele alcançou os mil pés de altura. Porque o check-list mostra que a bomba de combustível deve ser desligada aos mil pés de altura, portanto, como no painel a bomba de combustível estava desligada, pode se afirmar que eles alcançaram altura mínima de mil pés. Também com base nas análises do local, constatamos que o primeiro contato da aeronave com o solo foi com a asa esquerda. Provavelmente o piloto teve que fazer um pouso forçado e tentou desviar da árvore, mas como estava com baixa altitude, não deu tempo. Quando a asa tocou o chão, ela fez uma espécie de ‘alavanca’, projetando a fuselagem para frente, fazendo com que o avião ficasse ‘de cabeça para baixo’ e houvesse a colisão contra a árvore”, explicou.
Combustível do avião é analisado
Lima revelou que o combustível do avião foi retirado e encaminhado ao setor de Química Forense da Polícia Técnico-Científica, em Goiânia, para identificar qual o tipo utilizado na aeronave e se havia algum contaminante. Celulares e iPads encontrados nos destroços do acidente também foram recolhidos e enviados ao setor de Informática Forense da Polícia Técnico-Científica. O objetivo, segundo o perito, é verificar em conversas pessoais das vítimas se havia algum registro de eventuais problemas na aeronave, construídas por eles. Ainda de acordo com o perito, o diário de bordo do avião mostra que os voos eram realizados desde 2017. 
O motor do avião foi recolhido e encaminhado ao Cenipa, onde passará por uma análise para saber se houve alguma pane mecânica e qual seria o motivo. 
Os corpos de Paulo Roberto e Amador foram sepultados no último fim de semana, em Rio Verde.

Fonte Diário do Rio Verde

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