A Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou, na segunda-feira (2), ao Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos um pedido de extinção do Partido Liberal (PL) apresentado pelo deputado federal André Janones (Avante-MG).
Instituído pelo ex-procurador-geral Augusto Aras, o grupo estratégico é responsável por oferecer denúncias contra envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
O encaminhamento do pedido de extinção do PL à força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) foi assinado pelo chefe de gabinete da PGR, Carlos Fernando Mazzoco.
Ameaça à “ordem democrática”
A petição do deputado mineira encaminhada ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, em novembro, cita suposta ligação do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com ações extremistas no Brasil, como os atos de 8 de janeiro de 2023 e o atentado com explosões em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) no mês passado.
No documento (leia a íntegra abaixo), Janones argumenta que o pedido de extinção da legenda “fundamenta-se na necessidade de proteção do regime democrático brasileiro, que tem sido alvo de sucessivos ataques e ameaças originados e fomentados por figuras de liderança e membros do partido requerido”.
Ainda no documento enviado à PGR, Janones declara que “a continuidade das práticas do Partido Liberal representa uma ameaça direta à ordem democrática e à paz social”.
“O apoio a discursos de descrédito institucional, culminando em atos de violência, demanda uma intervenção enérgica para preservar a estabilidade do Estado Democrático de Direito”, conclui o deputado.
A CNN procurou a assessoria do PL, que informou que o tema está em análise pela equipe jurídica da sigla.
Presidente do PL está entre indiciados pela PF por plano golpista
Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, presidente da sigla, estão entre os 37 indiciados pela Polícia Federal (PF) na tentativa de um golpe de Estado no país após o resultado da eleição presidencial de 2022, na qual o candidato à reeleição pelo PL foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Fonte: CNN