O Instituto de Identificação da Polícia Civil de Goiás confirmou, no final da manhã desta terça-feira (28), que o corpo encontrado em uma mata é de Danilo Souza, de 7 anos, que desapareceu há uma semana, ao sair para ir à casa da avó, em Goiânia. Ele foi identificado pelas impressões digitais.
A Polícia Técnico-Científica já havia constatado sinais de violência nele. Segundo o médico legista Mário Eduardo Cruz, gerente do Instituto Médico Legal (IML) da capital, a criança foi afogada na lama.
“A causa da morte a gente consegue precisar. Durante a necrópsia, nós encontramos presença de lama tanto na cavidade oral como na traqueia. Isso configura a mudança do meio respirável, então, asfixia por afogamento”, explicou.
De acordo com a perícia, é muito pouco provável que a vítima tenha se afogado sozinha e que tudo indica que alguém segurou a cabeça da criança contra a lama. Os legistas estimam ainda que a criança tenha morrido há alguns dias – entre sete e dez.
Também de acordo com o gerente do IML, foram identificadas lesões na orelha e no pescoço, que parecem ter sido cometidas após a morte. No entanto, também segundo o legista, os exames mostraram uma lesão que parece ter sido cometida com a criança ainda viva, que poderia indicar abuso sexual.
A perícia também trabalhou no local em que o corpo for encontrado. “A equipe já atuou no local no sentido de buscar vestígios, pegadas, eventuais instrumentos, manchas nas vestes. Tudo isso para tentar identificar o autor ou os eventuais autores, caso tenha sido mais de uma pessoa”, disse o superintendente adjunto da Polícia Científica de Goiás, Ricardo Matos.
Avó do garoto, Maria das Graças falou sobre a esperança que tinha de encontrar o neto vivo e toda a luta que enfrentaram para achá-lo.
“Nunca que esperava que aconteceria uma coisa dessas. Ainda tinha esperanças de que encontrassem ele vivo”, disse.
Segundo a Polícia Civil, “a investigação da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Goiânia quanto ao desaparecimento da vítima encerra-se agora” e a Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) deve continuar a apuração sobre as circunstâncias da morte.