Polícia indicia pai e filho suspeitos de golpear adolescente com facão

A Polícia Civil indiciou pai e filho suspeitos de usar um facão para golpear um adolescente de 14 anos na porta da casa deles, em Iporá, cidade a 230 quilômetros de Goiânia. As agressões ocorreram na quinta-feira (10), e o menino está desde então internado no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). A família da vítima afirma haver risco de ele perder os movimentos da mão direita.

De acordo com o delegado Ramon Queiroz, a mãe do menino alega que houve um mal-entendido. Já os suspeitos admitem o ocorrido, mas alegam que se defendiam de uma suposta agressão anterior.

O incidente aconteceu no período da tarde, quando o menino voltava da escola na companhia de colegas. Durante o caminho, ele teria parado na porta da casa de um dos amigos para brincar.

Em depoimento, a mãe do adolescente disse que, no meio da brincadeira, um colega pisou no pé dele. O garoto teria então feito um xingamento, e os suspeitos, que saíam de casa no momento, acharam que o jovem falava com eles.

Os suspeitos – identificados como os comerciantes Maykon Deyvid da Silva Souza, de 19 anos, e Deusdete Gonçalves de Souza, de 48 anos – foram liberados após prestarem depoimento.

“Eu abri o portão da minha casa junto com a minha esposa e vinha um jovem de lá para cá com um tijolo na mão. Eles estavam em quatro jovens lá, com tijolo na mão. Ele acertou o tijolo na minha cabeça.”

“O meu filho, apavorado, vendo eu todo ensanguentado, ele só lembrou do facão. E aí foi onde aconteceu”, declarou um dos suspeitos.

O delegado disse que não foram encontradas porções de drogas na região. Um vídeo feito pela mãe da vítima mostra marcas de sangue no tijolo e no portão da casa. Fotos mostram como ficou o pulso e o pé da vítima.

A família do menino está assustada com o ocorrido e preferiu não se identificar. “Ele vem do nada e efetuou os golpes. Se ele tinha rixa com algum dos colegas, nós não sabemos”, afirmou um parente do jovem.

O garoto que está cursando o oitavo ano do ensino fundamental. A família informou que ele já passou por uma cirurgia no pulso e nos próximos dias deve passar por outra, pra tentar recuperar os movimentos. Enquanto isso a família pede Justiça.

“Do jeito que eles fizeram com o meu menino, podem fazer com outros também, né?”, afirmou um parente do adolescente.

A vítima ainda não foi ouvida pela polícia, por estar internada. A expectativa é de que ao longo da semana o garoto tenha alta e preste depoimento.

“Eles vão responder por lesão corporal grave ou gravíssima, conforme o laudo que o IML fizer após a saída dele do hospital”, explicou Queiroz. O prazo para conclusão do inquérito é 30 dias.

Fonte: G1

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