Prefeito de Planaltina e outras sete pessoas são presas durante Operação Mãos à Obra

Chefe do Executivo é investigado por supostas irregularidades em contratos de obras de reforma do prédio da Câmara Municipal de Planaltina

Prefeito de Planaltina e outras sete pessoas são presas durante Operação Mãos à Obra
Estimativa inicial é que as irregularidades causaram um prejuízo de R$ 500 mil aos cofres públicos (Foto: Reprodução)
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O prefeito de Planaltina de Goiás, Pastor André (PRB), foi preso na manhã desta terça-feira (06) durante a Operação Mãos à Obra, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) com o intuito de apurar irregularidades na reforma da Câmara Municipal da cidade. Além dele, outras sete pessoas, que ainda não tiveram as identidades reveladas, também foram presas.

O Ministério Público informou que essas sete pessoas são servidores públicos e empresários locais e das cidades de Goiânia, Formosa e da cidade-satélite do Guará, no Distrito Federal. As investigações abrangem o período em que o atual prefeito era Presidente da Câmara Municipal de Planaltina. Neste período, foi aberta a licitação para a reforma da Casa, mas foram detectados que contratos foram fraudados e que alguns era superfaturados.

As empresas envolvidas, conforme apuração do MP, são do ramo de materiais para construção, além das construtoras que realizaram o serviço na edificação. A estimativa inicial é que os desvios causaram um prejuízo de R$ 500 mil, mas que pode aumentar com a análise de documentos que foram apreendidos, assim como computadores, pen drives e notebooks.

O MP informou ainda que promotor de Justiça à frente da operação, Rafael Simonett, interroga nesta manhã os presos. Esta é a primeira vez que um juiz de primeira instância, Carlos Gustavo Fernandes de Moraes, determina a prisão de um prefeito, após decisão do Supremo Tribunal Federal ocorrida em maio deste ano.

O Mais Goiás tentou contato com a defesa do prefeito, mas nossas ligações não foram atendidas.

Mandato Tampão

Pastor André entrou como chefe do Executivo Municipal em setembro de 2017, após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassar os mandados de David Alves Teixeira Lima, o Dr. Davi (Pros), e Maria Aparecida dos Santos, a Pastora Cida (Pros), prefeito e vice-prefeita, respectivamente de Planaltina de Goiás. Eles foram condenados por prometer empregos em troca de votos nas eleições de 2016 na única empresa de ônibus que faz as linhas entre a cidade e os Distrito Federal.

Além disso, o juiz Alano Cardoso e Castro condenou o empresário Iroilton Nunes Lacerda, proprietário da empresa de transportes, pelo consentimento da utilização dos ônibus para a divulgação de cartazes e panfletos de campanha do prefeito e vice. A decisão deixaram os dois inelegíveis e ainda os condenaram ao pagamento de multa.

Planaltina foi um dos municípios goianos que no último dia 28 de outubro tiveram que escolher um novo prefeito, por meio de eleições suplementares. O atual prefeito concorreu o cargo, mas foi derrotado por Eles Reis (PTC), que venceu com 16.986 votos.

Segundo o TRE, o juiz eleitoral local é quem decide quem fica na chefia municipal até a posse do novo prefeito.

Do Mais Goiás

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