Produção Industrial Brasileira Fecha 2024 com Alta de 3,1%, Mesmo com Recuo em Dezembro, Aponta IBGE

A produção industrial no Brasil fechou 2024 com um crescimento de 3,1%, o maior índice desde 2021, quando registrou 3,9%. Apesar do recuo de 0,3% em dezembro, o resultado anual superou as expectativas do mercado, que projetavam um crescimento em torno de 3%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira.

Análise dos Resultados

Os especialistas já previam que o crescimento anual seria robusto, mesmo com as quedas nos últimos meses. O setor industrial apresentou resultados positivos ao longo do ano, refletindo o aquecimento econômico, com o desemprego em mínimas históricas e o consequente aumento da renda das famílias, além de melhores condições de crédito.

“O crescimento do setor industrial em 2024 pode ser entendido a partir de alguns fatores, como o maior número de pessoas incorporadas ao mercado de trabalho, a queda na taxa de desocupação, aumento na massa de salários e o incremento no consumo das famílias, beneficiado pelos estímulos fiscais, maior renda e a evolução na concessão de crédito”, explicou André Macedo, gerente da pesquisa.

Destaques Positivos e Negativos

As atividades que mais influenciaram positivamente a indústria em 2024 foram veículos automotores, reboques e carrocerias (12,5%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (14,7%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,2%).

Por outro lado, os resultados de dezembro contrastam com os números positivos do ano. Este foi o terceiro mês consecutivo de taxas negativas, com quedas em outubro (-0,2%) e novembro (-0,7%). A redução foi disseminada entre as atividades, com 15 dos 25 ramos industriais pesquisados vendo sua produção cair. As principais influências negativas do mês foram as atividades de máquinas e equipamentos, que caíram 3,0%, interrompendo dois meses consecutivos de resultados positivos, e produtos de borracha e de material plástico, que recuaram 2,5%.

Macedo explicou que a perda de intensidade teve influência do contexto econômico, com perda de confiança de empresários e consumidores devido ao aperto da política monetária, à depreciação do câmbio e à alta da inflação, que gerou diminuição da renda disponível.

“O setor teve comportamento predominantemente positivo ao longo do ano, com redução do ritmo de intensidade nos três últimos meses, que eliminaram o ganho acumulado de 1% entre agosto e setembro. Dezembro teve predominância no campo negativo, o que já tinha sido observado em novembro”, disse Macedo.

Perspectivas para 2025

Para 2025, a expectativa é de desaceleração, influenciada principalmente pela redução do dinamismo da economia global e pela manutenção de juros elevados por um período prolongado. Os especialistas indicam que o setor pode enfrentar desafios significativos no próximo ano.

Fonte: Gazeta Brazil

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