Professoras suspeitas de sequestrar e ameaçar diretora negam crime e estão ‘em choque’

O advogado Eduardo Silva Alves, que representa duas professoras – mãe e filha – suspeitas de sequestrar e ameaçar a diretora da escola municipal onde trabalham, disse que suas clientes estão “em choque” com a denúncia feita à Polícia Civil. O caso foi registrado em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo a vítima, as profissionais, Inês e Amanda Paula da Costa Moreira, teriam cometido o crime para tentar evitar a transferência da mais nova do colégio.

Alves relata que as professoras não tinham qualquer problema de relacionamento com a diretora que motivasse tal crime. A vítima disse à polícia que na última segunda-feira (23) foi mantida dentro de um carro à força e que mãe e filha portavam uma arma e um spray de pimenta, ameaçando ela e sua família.

O advogado reconhece que elas saíram no carro. No entanto, alega que elas saíram para resolver questões relacionadas à escola e nega qualquer tipo de violência.

“Não houve coação nenhuma, problemas ou ameaças. Ela saíram para pegar algumas roupas que seriam doadas para a realização de um bazar de Dia das Mães na escola”, disse.

O defensor informou também que as professoras não ficaram chateadas com o pedido de transferência de Amanda, motivado, segundo a polícia, por reclamações de pais em relação ao trato com os alunos.

“Elas estão em choque, não esperavam uma situação como essa. Ficaram muito surpresas. Não faço a mínima ideia do porquê disso. Elas não tinham desavença”, explica.

G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação de Anápolis, por email, às 10h48 desta quarta-feira (25) e aguarda retorno.

O órgão já tinha informado que afastou as professoras do trabalho e que investiga o caso. Elas trabalhavam na escola há um ano. A instituição é de ensino fundamental e fica na Vila Jaiara.

O secretário de Educação, Alex Martins, disse que está acompanhando o caso. “Nós vamos conversar com a diretora, com as pessoas envolvidas. Por mais que seja um papel da Polícia Civil, nós temos que garantir que dentro do ambiente escolar a coisa continue no melhor estado possível”, afirma.

Investigação

O delegado Hélio Rodrigues de Sousa, responsável pelo caso, disse que já colheu depoimentos da vítima e de testemunhas. As suspeitas devem ser ouvidas ainda nesta semana. Segundo ele, a diretora alegou que foi impedida de sair do carro e foi ameaçada.

“A Inês pegou ela ainda na escola e depois a Amanda entrou. Segundo a vítima, elas rodaram por cerca de 1h. Nesse período, elas teriam mostrado uma arma e um spray de pimenta e disseram que iam matar ela e a família”, explica.

Assustada, a diretora, que prefere não se identificar, disse que está com medo do que pode ocorrer daqui para frente.

“Ela fez várias ameaças. Eu temo muito pela minha vida, pela vida dos meus filhos, pela vida da minha mãe, pela vida da minha família como um todo. Ela ameaçou outros funcionários da escola dentro do carro. Eu não sei do que ela é capaz de fazer”, declara.

Fonte: G1

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