Quatro homens foram indiciados pela Polícia Civil nesta quinta-feira (8) pela morte do empresário achado morto em Mineiros, no sudoeste de Goiás. De acordo com a polícia, o crime teria sido cometido por causa de dinheiro e dívidas com a vítima. O corpo de Alonso de Araújo foi encontrado em uma fazenda no dia 17 de novembro, após ficar desaparecido desde o dia 31 de outubro.
A finalização do inquérito foi realizada esta semana e divulgada nesta quinta-feira pela Polícia Civil. Segundo a polícia, foram indiciados:
- Jefferson Matheus: homicidio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e furto qualificado; preso até a tarde desta quinta-feira (8);
- Lázaro Júnior Carvalho: homicidio duplamente qualificado e furto qualificado; preso até a tarde desta quinta-feira (8);
- Leonardo Guimarães Barbosa: homicídio duplamente qualificado; preso até a tarde desta quinta-feira (8);
- Vitor Gabriel: homicidio duplamente qualificado e ocultação de cadáver; não foi preso, mas segundo a polícia, foram estabelecidas medidas cautelares pela Justiça de Goiás;
O g1 não conseguiu localizar a defesa de Jefferson, Lázaro e Vitor para um posicionamento sobre o caso. A reportagem contatou a defesa de Leonardo e aguarda retorno.
Desaparecimento e morte de empresário
Alonso de Araújo desapareceu no dia 31 de outubro. Com as investigações, a Polícia Civil descobriu que o empresário havia ido até Mineiros na companhia de Lázaro Júnior e que, desde então, não havia aparecido mais. De acordo com o delegado Thiago Escandolhero Martinho, a investigação indicou que o suspeito de Jataí atraiu Alonso para Mineiros, alegando que daria uma moto para quitar uma dívida. O veículo, segundo informado à polícia, seria avaliado em R$ 70 mil.
“Chegando em Mineiros, Alonso entrou na casa do suspeito e, de costas, tomou um tiro”, disse.
Segundo a corporação, foi descoberto que três dias depois do desaparecimento, o suspeito Jefferson Matheus havia vendido um veículo, onde posteriormente, por meio de perícias, foi encontrado sangue humano. A polícia ainda diz que, ao ser preso, Jefferson confessou parte do crime e indicou onde havia ocultado o corpo de Alonso. Após a indicação do suspeito, o corpo do empresário foi encontrado.
Já quanto ao suspeito Leonardo Guimarães, a polícia apurou que, dias antes do crime, ele havia comprado uma caminhonete hilux da vítima e pago com um cheque de R$ 300 mil. De acordo com o delegado, o homem sabia que Alonso seria morto.
“Após entrega do cheque à vítima, [Leonardo] começou cobrar Lázaro e Jefferson para matar logo a vítima, senão o cheque descontaria”, detalhou Thiago.
A polícia explicou que o cheque estava pré-datado paa o início do mês de novembro. Dois dos homens também são suspeitos de furtarem joias, como colar e anel, que a vítima usava no dia do crime e que foram avaliadas em cerca de R$ 200 mil. Os objetos foram apreendidos pela corporação.
Um policial militar chegou a ser preso por envolvimento no caso, mas foi solto após a investigação não encontrar provas que o ligassem ao crime. No entanto, segundo o delegado, ele deve ser investigado por peculato e prevaricação. O g1 solicitou nota à Polícia Militar sobre o caso e aguarda retorno.
Fonte:G1