O mercado internacional da soja começa a semana operando em campo negativo. Os futuros da oleaginosa, por volta de 7h20 (horário de Brasília), as cotações recuavam entrte
5 e 6,75 pontos nos principais contratos negociados na Bolsa de Chicago, levando o julho a US$ 8,82 e o novembro a US$ 8,89 por bushel.
Os traders parecem ainda refletir os números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgados na última sexta-feira (10). Os dados indicaram um aumento na safra e nos estoques finais da nova safra, pesando sobre o andamento dos preços.
Ademais, segue o monitoramento sobre o clima no Meio-Oeste americano e na demanda pela soja norte-americana, que o mercado ainda espera por melhora dada a necessidade da China e da pouca disponibilidade da oferta no Brasil.
MERCADO NACIONAL
Para o Brasil, a tendência é de que os negócios se intensifiquem ainda mais no mercado interno, com as indústrias pagando mais para garantir sua matéria-prima e seguir com suas operações até o final do ano.
Para Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting, o mercado nacional poderia ver ainda, nesta semana, mais importações de soja pelo Brasil, principalmente de volumes vindos do Paraguai. “O país tem grandes volumes de soja para ser negociada e assim se tornando uma alternativa boa para a indústria do Sul do Brasil”, diz o consultor.
Da mesma forma, Brandalizze explica ainda que os exportadores tendem a buscar mais negócios com a soja da safra nova brasileira, com cotações que devem seguir fortes e sustentadas, com os sojicultores aproveitando momentos ainda de dólar forte e demanda intensa para a nova temporada.
“Isso porque há grandes chances de termos dólar perdendo fôlego a frente e, assim mesmo que tenhamos ganhos em Chicago, os níveis em reais poderão não se sustentar. Desta forma, seguimos em bons momentos para fechamentos futuros”, explica o analista de mercado.