O presidente Michel Temer terá nesta semana sua primeira conversa com o novo comando do DEM e após o partido indicar que pode ter candidatura própria ao Palácio do Planalto. O tema será o futuro eleitoral da tradicional coalizão MDB-DEM. Com base em pesquisas, os demistas defendem que o candidato do grupo não represente a continuidade do atual governo. Os números indicariam que uma candidatura nesta linha estaria fadada ao fracasso devido à impopularidade de Temer. Se houver acordo, busca-se um nome viável eleitoralmente.
Em pauta. Na reunião, o DEM vai tratar da substituição do ministro da Educação, Mendonça Filho, que deixa a pasta em abril para disputar a eleição. A definição dirá muito do rumo da aliança MDB-DEM.
Escolha. Se o DEM indicar um nome político para o lugar de Mendonça, significará que os dois partidos estarão juntos na eleição presidencial. Mas há a opção de entregar o cargo, iniciando o distanciamento.
Efeito imediato. A última pesquisa Ibope encomendada pelo governo mostrou que o índice de aprovação à intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro caiu de 80% para 71%. O dado é de sexta-feira.
Questão de tempo. No governo a avaliação é que o índice volte a crescer com a prisão dos bandidos que executaram a vereadora Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Gomes. Os que desaprovam a intervenção somam 23%.
De lavada. A pesquisa interna também mediu o desempenho do governo. A gestão de Temer é ótima e boa para 9%. Regular, ruim e péssima para 89%.
Mala cheia. Para conseguir participar dos debates na eleição presidencial, Levy Fidelis tenta atrair cinco deputados para o PRTB na janela partidária. Ele reservou R$ 8 milhões para financiar as campanhas de quem migrar para a sigla.
Fonte: http://politica.estadao.com.br