O ex-presidente Michel Temer (MDB) comentou novamente sobre a investigação da Polícia Federal (PF) que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e militares de alta patente, suspeitos de planejar um golpe de Estado em 2022. Em entrevista à revista Veja, divulgada no último domingo (08), Temer ressaltou que, embora não seja possível condenar os indiciados sem o fim da investigação, existem “indícios fortíssimos” que apontam para uma suposta tentativa golpista.
“A investigação tem que ser feita. Houve, por tudo o que se sabe e por tudo o que a PF já levantou, indícios fortíssimos. Agora, eles estão sendo investigados”, afirmou o ex-presidente, que também se posicionou sobre as provas coletadas pela PF.
Temer, no entanto, evitou afirmar se Bolsonaro estava ciente das supostas tentativas de golpe. “Se o ex-presidente sabia ou não sabia, ele nega permanentemente, eu não saberia dizer”, comentou.
Em relação às Forças Armadas, Temer destacou que “talvez uns e outros” entre os militares tenham desejado o golpe, mas que o conjunto das Forças não apoiou essa ação. Para ele, a possibilidade de uma quebra institucional no Brasil é “difícil”, pois acredita que há uma “consciência em todos os setores de que a democracia é o melhor sistema para o nosso país”.