Um passo importante no combate ao coronavírus será dado nesta semana. De acordo com publicação do The Guardian, o secretário de Saúde britânico, Matt Hancock, anunciou que os testes em humanos da vacina desenvolvida por cientistas na Universidade de Oxford começam nesta quinta-feira (23).
e pelos testes da vacina. Em entrevista ao canal Sky News, a professora Sarah Gilbert, integrante do instituto de pesquisa, falou que espera que até meados de maio mais de 500 pessoas deverão ter participado dos testes.
O governo britânico está investindo 20 milhões de libras (cerca de R$ 130 milhões) na pesquisa, que, segundo o secretário de Saúde, tem tido um progresso rápido. Porém, ainda há muita incerteza. A vacina desenvolvida em Oxford é chamada de ChAdOx1 nCoV-19 e foi feita a partir de um vírus inofensivo de chimpanzé, geneticamente modificado para transportar parte do coronavírus.
O que dizem os especialistas:
“É uma ótima notícia. Um processo de desenvolvimento de vacinas, geralmente, dura de cinco a 10 anos. Porém, se passaram quatro meses, apenas, desde o descobrimento da doença. É um avanço de cinco anos em quatro meses. Saber que já estamos próximos de testes clínicos nos dá muita esperança. Só a vacina acabará com a pandemia.”
Cláudio Stadnik, infectologista da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre
“Muitos grupos estão trabalhando com vacinas. Temos também um estudo avançado em Israel. É muito importante o avanço e os testes em humanos porque nós só vamos sair desse impasse quando tivermos uma vacina. Quando ela provar sua eficácia. A partir disso, o mundo sairá da quarentena. Vejo que somente com a vacina sairemos dessa situação.”
Breno Riegel Santos, infectologista do Hospital Conceição, de Porto Alegre
De acordo com os infectologistas, a vacina é um avanço fundamental no combate à covid-19. Porém, é preciso ter paciência no processo. Os testes serão feitos em pessoas saudáveis, com o objetivo de prevenção ao contágio do vírus. A partir disso, é necessário aguardar a reação das pessoas que foram vacinadas. Caso não sejam contaminados, os testes serão ampliados para um maior número de pessoas. Lembrando que a vacina não é a cura, e sim uma forma de prevenção ao contágio.