O vigilante suspeito de estuprar uma coordenadora de escola na unidade de ensino em que trabalha teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, na terça-feira (5), em Goiânia. O mandado de prisão afirma que ele descumpriu medidas protetivas ao enviar foto de uma arma de fogo e fazer ameaças contra a professora pelo celular.
O nome do suspeito não foi divulgado pela Polícia Civil. Por isso, o g1 não localizou a defesa para se manifestar até a última atualização desta reportagem.
O g1 pediu informações à Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) para saber se o mandado foi cumprido e aguarda retorno. Segundo o site do Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), o mandado não foi cumprido até as 8h35 desta quarta-feira.
A reportagem pediu nota à Secretaria Estadual de Educação por e-mail para saber se uma apuração interna foi concluída e aguarda retorno.
A delegada Cássia Sertão, que investiga o caso, informou nesta quarta-feira (6) que investiga a existência de supostos vídeos que podem ter registrado o estupro. Eles, porém, não foram divulgados e tampouco localizados. A investigação aguarda o resultado da perícia que está sendo feita nos celulares das pessoas envolvidas para saber se existe vídeo ou foto do crime.
O juiz que decretou a prisão preventiva, Vitor Umbelino Soares Júnior, explicou no mandado que a palavra da professora tem importância especial neste momento do processo.
“Revelou-se até o presente momento pessoa agressiva [vigilante] e com elevado grau de periculosidade, tanto que não respeitou as medidas protetivas de urgência fixadas por este juízo”, destacou o magistrado.
O pedido de prisão foi feito pelo Ministério Público de Goiás. A promotora Rúbian Corrêa Coutinho ressaltou que a liberdade do vigilante representa perigo à integridade física e psicológica da professora.
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informou em nota enviada em 19 de março, que “afastou imediatamente todos os envolvidos no caso para que não houvesse prejuízo à comunidade escolar”.
Denúncia e investigação
A delegada informou que, inicialmente, foi registrada uma denúncia de ameaça de divulgação de imagens íntimas, mas que essas mídias, seja foto ou vídeo, não foram encontradas ou divulgadas.
“Posteriormente, a vítima alegou que o conteúdo do vídeo seria ela sendo abusada sexualmente, dentro da escola, por um servidor, fora do horário de serviço. […] A vítima fala que não se recorda dos fatos, que tomou conhecimento apenas através da notícia da existência do vídeo”, explicou Cássia Sertão.
De acordo com os relatos registrados na Polícia Civil, além da coordenadora que denuncia o caso, estaria envolvido o vigilante, apontado por ela como autor do abuso, e a diretora da escola, indicada pela mulher como a pessoa que teria a gravação.
A delegada explicou que o caso continua sob investigação e testemunhas estão sendo ouvidas. Segundo ela, uma perícia nos celulares dos envolvidos está em andamento para que, se o vídeo existir, ele possa ser localizado.
“Foram ouvidas algumas testemunhas, porém o vídeo não foi divulgado, tampouco localizado. Os celulares das partes envolvidas foram apreendidos […]e só atraves do exame pericial pode ser confirmada a existência ou não do vídeo e, por consequência, a ocorrência ou não do estupro”, completou a delegada.
Fonte:G1