A Volkswagen mudou recentemente Gol, Voyage e Saveiro, todos como linha 2017. Visual, sistema multimídia de última geração e, no caso dos dois primeiros, motor 1.0 de três-cilindros, os colocam no nível da concorrência.
Ou quase. Quem compra as versões mais baratas dos novos modelos quase não encontra mudanças. Provamos isso ao rodar com o Voyage 1.0 Comfortline.
Para ter carro alinhado em interatividade e mecânica aos modelos mais interessantes do segmento (Onix, HB20 e Ka), Gol e Voyage acabaram ficando mais caros nas versões mais completas, como mostram as tabelas de preço.
No caso da picape Saveiro, as versões Highline e Cross estão mais robustas e vistosas, mas encostam encostam em Oroch e até na Toro.
Na versão mais em conta — que não é barata, custa mais R$ 40 mil — o acabamento ainda deixa a desejar, lembrando carros da virada do século.
Há detalhes que não precisavam mais ser vistos, como painel chapado e fraco em texturas; volante sem qualquer ajuste de altura ou profundidade; tecidos de toque áspero; nível de ruído e vibração ainda altos; rádio simples demais; e ausência de ar-condicionado e assistência de direção de série na versão de entrada.
E nada disso deve mudar até que a dupla (ou o trio, contando a Saveiro) receba uma nova geração, prevista somente para 2018.
O que o Voyage tem?
Os iniciais R$ 40.990 podem se transformar em R$ 46.490 da unidade avaliada por UOL Carros, a 1.0 Comfortline.
Nesta versão, ele traz de série ar-condicionado e direção hidráulica, mas ainda não oferece computador de bordo, sistema de alarme por comando remoto, sensor de estacionamento, retrovisores externos eletricamente ajustáveis, rodas de liga leve aro 15, travamento elétrico das portas, todos os vidros elétricos e, claro, sistema multimídia com tela tátil colorida no painel (Composition Toch) — opcionais que, se incluídos no pacote, fazem o preço saltar para R$ 52.260. Detalhe: com o sistema de interatividade Discover Media, o mais caro, o preço salta para R$ 53.520…