24/02/2016 09h51 – Atualizado em 24/02/2016 10h55 Dívida pública tem queda de 1,54% em janeiro, para R$ 2,74 trilhões

A dívida pública federal, que inclui os endividamentos interno e externo do governo, recuou 1,54% em janeiro deste ano, para R$ 2,74 trilhões, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (24) pela Secretaria do Tesouro Nacional. Em dezembro do ano passado, o endividamento público estava em R$ 2,79 trilhões. Foi a primeira queda da dívida desde outubro de 2015.

A redução está relacionada, principalmente, com o alto volume de resgates (vencimentos) de títulos públicos. No mês passado, foram resgatados R$ 150,4 bilhões em papéis. Ao mesmo tempo, as emissões de papéis da dívida foram bem menores: R$ 72 bilhões. Já a apropriação de juros sobre o estoque da dívida, que contribuiu para o seu aumento, somou R$ 35,26 bilhões em janeiro.

Dívida interna X externa
No caso da dívida interna, houve queda de 1,63% em janeiro, para R$ 2,65 trilhões. O forte resgate líquido (acima do volume de emissões) de R$ 73 bilhões contribuiu para o recuo.

No endividamento externo, houve um aumento de 0,06% no mês passado, para R$ 142,9 bilhões. No caso da dívida em moeda estrangeira, o aumento decorreu da alta do dólar.

Como a dívida no exterior é cotada em moeda estrangeira, principalmente o dólar, quando essas moedas sobem frente ao real, consequentemente avança o valor da dívida externa.

Programação para 2016
Apesar da queda em janeiro, a expectativa do Tesouro Nacional é de que a dívida pública continuará avançando em 2016 e deverá ultrapassar a barreira dos R$ 3 trilhões no fim deste ano, podendo chegar a R$ 3,3 trilhões.

Segundo o Tesouro, as necessidades brutas de financiamento da dívida pública neste ano, por meio da emissão de títulos, são de R$ 698 bilhões, mas estão previstos R$ 108 bilhões em recursos orçamentários. Com isso, a necessidade líquida de financiamento é de R$ 589 bilhões.

Compradores
Os números do Tesouro Nacional também revelam que a participação dos investidores estrangeiros na dívida pública interna subiu em janeiro, mesmo após a perda do grau de investimento por agências de classificação de risco. No mês passado, os não residentes detinham 18,91% do total da dívida interna (R$ 492 bilhões) contra 18,79% (R$ 497 bilhões) em setembro.

Mesmo assim, os estrangeiros seguem na quarta colocação de principais detentores da dívida pública interna, atrás das instituições financeiras (23,28% do total, ou R$ 606 bilhões em outubro), dos fundos de previdência (22,49%, ou R$ 586 bilhões) e os fundos de investimento (19,86% do total, ou R$ 517 bilhões).

Perfil da dívida
O Tesouro Nacional informou ainda que o estoque de títulos prefixados (papéis que têm acorreção determinada no momento do leilão) somou R$ 981 bilhões em janeiro, ou 37,66% do total, contra R$ 1,08 trilhão, ou 41% do total, em dezembro. O cálculo foi feito após a contabilização dos contratos de swap cambial.

Os títulos atrelados aos juros básicos da economia (os pós-fixados), por sua vez, tiveram sua participação elevada em janeiro. No fim do mês passado, estes títulos públicos representavam 9,94% do estoque total da dívida interna, ou R$ 259 bilhões, contra 7,90% do total (R$ 209 bilhões) em dezembro do ano passado.

A parcela da dívida atrelada aos índices de preços (inflação) somou 35,48% do total em janeiro deste ano, ou R$ 924 bilhões, contra 34,28% do total em dezembro de 2015 – o equivalente a também a R$ 908 bilhões.

Contratos de swap
Os ativos indexados à variação da taxa de câmbio, por sua vez, somaram 16,92% do total (R$ 441 bilhões) em janeiro, contra R$ 425 bilhões (16,79% do total) em dezembro do ano passado.

O aumento da dívida atrelada ao dólar se deve à emissão de contratos de swap cambial – que funcionam como uma venda de dólares no mercado futuro (derivativos) para evitar uma alta maior na cotação do dólar.

Os swaps cambiais são contratos para troca de riscos. O Banco Central oferece um contrato de venda de dólares, com data de encerramento definida, mas não entrega a moeda. No vencimento deles, o BC se compromete a pagar uma taxa de juros sobre valor dos contratos e recebe do investidor a variação do dólar no mesmo período.

É uma forma de a instituição garantir a oferta da moeda norte-americana no mercado, mesmo que para o futuro, e controlar a alta da cotação.

Dívida interna X externa
No caso da dívida interna, houve queda de 1,63% em janeiro, para R$ 2,65 trilhões. O forte resgate líquido (acima do volume de emissões) de R$ 73 bilhões contribuiu para o recuo.

No endividamento externo, houve um aumento de 0,06% no mês passado, para R$ 142,9 bilhões. No caso da dívida em moeda estrangeira, o aumento decorreu da alta do dólar.

Como a dívida no exterior é cotada em moeda estrangeira, principalmente o dólar, quando essas moedas sobem frente ao real, consequentemente avança o valor da dívida externa.

Programação para 2016
Apesar da queda em janeiro, a expectativa do Tesouro Nacional é de que a dívida pública continuará avançando em 2016 e deverá ultrapassar a barreira dos R$ 3 trilhões no fim deste ano, podendo chegar a R$ 3,3 trilhões.

Segundo o Tesouro, as necessidades brutas de financiamento da dívida pública neste ano, por meio da emissão de títulos, são de R$ 698 bilhões, mas estão previstos R$ 108 bilhões em recursos orçamentários. Com isso, a necessidade líquida de financiamento é de R$ 589 bilhões.

Compradores
Os números do Tesouro Nacional também revelam que a participação dos investidores estrangeiros na dívida pública interna subiu em janeiro, mesmo após a perda do grau de investimento por agências de classificação de risco. No mês passado, os não residentes detinham 18,91% do total da dívida interna (R$ 492 bilhões) contra 18,79% (R$ 497 bilhões) em setembro.

Mesmo assim, os estrangeiros seguem na quarta colocação de principais detentores da dívida pública interna, atrás das instituições financeiras (23,28% do total, ou R$ 606 bilhões em outubro), dos fundos de previdência (22,49%, ou R$ 586 bilhões) e os fundos de investimento (19,86% do total, ou R$ 517 bilhões).

Perfil da dívida
O Tesouro Nacional informou ainda que o estoque de títulos prefixados (papéis que têm acorreção determinada no momento do leilão) somou R$ 981 bilhões em janeiro, ou 37,66% do total, contra R$ 1,08 trilhão, ou 41% do total, em dezembro. O cálculo foi feito após a contabilização dos contratos de swap cambial.

Os títulos atrelados aos juros básicos da economia (os pós-fixados), por sua vez, tiveram sua participação elevada em janeiro. No fim do mês passado, estes títulos públicos representavam 9,94% do estoque total da dívida interna, ou R$ 259 bilhões, contra 7,90% do total (R$ 209 bilhões) em dezembro do ano passado.

A parcela da dívida atrelada aos índices de preços (inflação) somou 35,48% do total em janeiro deste ano, ou R$ 924 bilhões, contra 34,28% do total em dezembro de 2015 – o equivalente a também a R$ 908 bilhões.

Contratos de swap
Os ativos indexados à variação da taxa de câmbio, por sua vez, somaram 16,92% do total (R$ 441 bilhões) em janeiro, contra R$ 425 bilhões (16,79% do total) em dezembro do ano passado.

O aumento da dívida atrelada ao dólar se deve à emissão de contratos de swap cambial – que funcionam como uma venda de dólares no mercado futuro (derivativos) para evitar uma alta maior na cotação do dólar.

Os swaps cambiais são contratos para troca de riscos. O Banco Central oferece um contrato de venda de dólares, com data de encerramento definida, mas não entrega a moeda. No vencimento deles, o BC se compromete a pagar uma taxa de juros sobre valor dos contratos e recebe do investidor a variação do dólar no mesmo período.

É uma forma de a instituição garantir a oferta da moeda norte-americana no mercado, mesmo que para o futuro, e controlar a alta da cotação.

Fonte: G1

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