Previsão de pesquisador americano parte do pressuposto de que o crescimento da rede social vai estagnar e que todos os perfis serão transformados em memoriais.
Até o fim deste século, o Facebook vai se tornar um cemitério digital, prevê um pesquisador dos Estados Unidos. Em 2098, a rede social, hoje com mais de 1,5 bilhão de usuários, terá mais perfis de pessoas mortas do que de vivas, afirma ele.
A previsão é de Hachem Sadikki, doutorando em estatística da Universidade de Massachusetts, consultado pela plataforma online Fusion. Ele se baseou em dados demográficos e sobre o Facebook. O modelo estatístico também parte do pressuposto de que, em breve, o crescimento da rede social vai estagnar.
Hoje, mais de 60% dos usuários do Facebook têm menos de 35 anos, e menos de 5% têm mais de 65. Se o crescimento global da rede realmente estagnar, ou se ela perder apelo entre os jovens, o número de mortos com perfil na plataforma poderá superar o de vivos antes mesmo do fim do século. De acordo com o blog Digital Beyond, 972 mil usuários do Facebook nos EUA vão morrer somente neste ano.
Quando adeptos da rede morrem, seus perfis podem ser transformados num memorial por seus familiares e amigos, permitindo que eles compartilhem memórias na timeline do falecido. “A transformação de uma conta em memorial também ajuda a protegê-la, impedindo que pessoas se conectem a ela”, diz a central de ajuda do Facebook em português.
Quando a rede social toma conhecimento de que alguém faleceu, faz parte da política da empresa transformar a conta dessa pessoa em memorial. No entanto, se o Facebook não fica sabendo da morte de um usuário, seu perfil se mantém ativo. Alertas sobre o aniversário, por exemplo, continuam a aparecer nas notificações de seus contatos.
O Facebook afirma que não pode fornecer as informações de login da conta de ninguém, mesmo em circunstância de morte, porque isso “viola as políticas” da plataforma. Portanto, somente se alguém tiver a senha de quem morreu será possível apagar permanentemente seu perfil na rede social.
Em seu modelo estatístico, Sadikki partiu do pressuposto de que todos os que morrerem terão suas contas transformadas em memorial, ou seja, nenhuma será apagada.
Ao ser questionado pela plataforma Fusion, o Facebook não forneceu suas próprias projeções sobre quando o número de usuários mortos vai superar o de vivos ou informações sobre quantos usuários morreram até agora.
Fonte: Uol