O ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Pepe Vargas, revelou a interlocutores que deverá retomar seu mandato na Câmara dos Deputados assim que a presidente Dilma Rousseff anunciar a reforma ministerial, o que deve ocorrer ainda nesta semana.
Pepe Vargas e outros ministros da área social, como Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Eleonora Menicucci (Políticas para as Mulheres) e Nilma Lino Gomes (Igualdade Racial), se reuniram com Dilma na última quinta-feira (24), no Palácio da Alvorada, para discutir as mudanças no primeiro escalão.
Após o encontro na residência oficial da Presidência, Pepe contou a assessores próximos que Dilma informou os ministros sobre a intenção de criar um ministério que absorva as pastas de Direitos Humanos, Mulheres, Igualdade Racial e parte das atribuições da Secretaria-Geral.
Deputado federal licenciado, Pepe pretende retomar o mandato na Câmara com a saída do primeiro escalão. Ele comandou três pastas ao longo do governo Dilma Rousseff: Desenvolvimento Agrário, Relações Institucionais e Direitos Humanos.
Integrante da corrente petista Democracia Socialista (DS), Pepe foi deslocado para a Secretaria de Direitos Humanos há pouco mais de cinco meses. Ele teve de deixar o comando da articulação política do Palácio do Planalto em razão de divergências com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O ministro foi um dos articuladores da candidatura do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) à presidência da casa legislativa.
Impasse na reforma
Na tentativa de retomar o apoio da base aliada no Congresso Nacional com a reforma ministerial, a presidente tem promovido uma série de reuniões diárias nas últimas semanas para tentar refazer a correlação de forças na Esplanada dos Ministérios. Nos encontros, Dilma tem conversado com ministros, líderes partidários e dirigentes das legendas que integram a base governista, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Michel Temer.
Inicialmente, Dilma pretendi anunciar as mudanças no primeiro escalão na última quarta-feira (23). No entanto, um impasse em torno do espaço do PMDB na Esplanada inviabilizou a conclusão da reforma ministerial.
Fonte: G1