Acusado de matar dois advogados dentro de escritório em Goiânia é condenado a 45 anos de prisão

Pedro Henrique Martins, um dos acusados de matar os advogados Marcus Aprígio Chaves, de 41 anos, e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis, de 47, dentro do escritório onde trabalhavam, em Goiânia, foi condenado por júri popular a 45 anos e seis meses de prisão. Foram 31 anos pelos dois homicídios e mais 13 por roubo, já que ele levou R$ 2 mil dos advogados.

g1 não localizou a defesa de Pedro Henrique Martins para se manifestar sobre a condenação. Ele está preso desde outubro de 2020, quando cometeu os crimes.

Segundo a investigação da Polícia Civil, os advogados ganharam um processo contra um fazendeiro, que perdeu a posse de uma fazenda avaliada em R$ 46 milhões.

O júri começou na terça-feira (17) e acabou na madrugada desta quarta-feira (18), quando foi dada a sentença pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas. Segundo a decisão, Pedro Henrique não poderá recorrer em liberdade.

Pedro Henrique foi o primeiro acusado a ser condenado pela Justiça de Goiás. Os demais réus serão também serão julgados por júri popular.

Veja a participação de cada acusado no crime, segundo a investigação:

  • Nei Castelli: fazendeiro apontado como o mandante do crime, acusado por duplo homicídio qualificado por cometer o crime por motivo fútil e impossibilitar a defesa das vítimas. Ele foi preso em 17 de novembro, em Catalão.
  • Pedro Henrique Martins: acusado por roubo – já que levou R$ 2 mil das vítimas – e por duplo homicídio qualificado por cometer o crime sob promessa de pagamento e por impossibilitar a defesa das vítimas. Ele é apontado como autor dos disparos contra as vítimas e foi preso em Porto Nacional (TO), em 30 de outubro;
  • Jaberson Gomes: acusado de usar nome falso para marcar horário com os advogados e acompanhar Pedro Henrique no dia do crime. Ele foi morto em confronto com a PM de Tocantins em 30 de outubro de 2020, por isso não foi indiciado por nenhum crime;
  • Hélica Ribeiro Gomes: namorada de Pedro Henrique, presa em 9 de novembro, em Porto Nacional (TO), ela é acusada por favorecimento pessoal, já que é apontada como responsável por ajudar o namorado após o crime;
  • Cosme Lompa Tavares: apontado pela polícia como o responsável por intermediar a negociação e contratar os executores do crime. Preso em 9 de novembro em Palmas (TO), ele também é acusado por roubo e duplo homicídio qualificado por cometer o crime sob promessa de pagamento e por impossibilitar a defesa das vítimas;

Relembre o caso

O crime aconteceu dentro do escritório de advocacia das vítimas, no Setor Aeroporto, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, Pedro Henrique e Jaberson viajaram mais de 1 mil km de Tocantins para Goiânia para cometer o crime. Vídeo de câmera de segurança mostra o momento em que os homens saem de um hotel na capital.

Conforme a investigação, dois homens agendaram horário e esperaram pelo atendimento. A secretária os levou até a sala dos advogados, momento em que os criminosos colocaram as vítimas de costas e disparam.

Durante os primeiros depoimentos, logo após ser preso no Tocantins, Pedro Henrique apresentou a versão de latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Para sustentar a tese, ele e o comparsa levaram do escritório R$ 2 mil em dinheiro.

A versão do preso foi derrubada pela investigação, que descobriu posteriormente a ligação do crime com o fazendeiro que teria perdido a posse de uma fazenda.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, a negociação entre o fazendeiro e os indicados como executores foi a seguinte: caso os autores não fossem presos depois dos homicídios, receberiam R$ 100 mil. Se fossem encontrados e capturados pela polícia, o valor subiria para R$ 500 mil.

Fonte:G1

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