Bovespa fecha semana com perdas acumuladas de 5%

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda nesta sexta-feira pelo sexto pregão seguido e com o seu principal índice, o Ibovespa, no menor patamar em um mês, diante das persistentes incertezas políticas e econômicas do país. Na semana, o declínio acumulado foi de 5%. O Ibovespa encerrou o dia com baixa de 1,02%, a 44.831 pontos. O volume financeiro somou 5,5 bilhões de reais, abaixo da média do mês de 7,2 bilhões de reais.

O enfraquecimento dos pregões em Wall Street, nos Estados Unidos, acentuou o viés negativo do índice de referência do mercado acionário brasileiro, com o S&P 500 terminando com variação negativa de 0,05%.

Analistas avaliaram positivamente as sinalizações da véspera do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sobre como a autoridade monetária pode agir no atual cenário de instabilidade nos mercados. Tombini reduziu algumas incertezas, mas os analistas ainda afirmam que é necessário colocar um ponto final na crise política para alteração efetiva na dinâmica do mercado.
Os bancos Itaú Unibanco e Brasdesco fecharam em queda de 2,43 e 2,3%, respondendo pela maior pressão de baixa do Ibovespa. O Credit Suisse destacou em relatório a clientes que a queda dos papéis dos bancos no acumulado do ano foi pressionada em grande parte pela deterioração do risco soberano e pela piora do prêmio de risco das ações, e muito pouco devido a revisões para baixo nas estimativas de lucros. “Embora os prêmios de risco das ações estejam acima da média histórica, eles ainda estão abaixo das máximas de 2008 e 2011, o que indicaria risco adicional de queda de dois dígitos em um cenário mais extremo”, disseram os analistas.

Já a Vale encerrou com as preferenciais com queda de 3,52%, enquanto os papéis ordinários caíram 2,82%, em sessão com queda nos preços do minério de ferro à vista na China. A Petrobras, por sua vez, fechou com as preferenciais em baixa de 2,01% e as ações ordinárias recuando 2,65%, apesar do avanço no preço do petróleo. Agentes financeiros repercutiram relatório do Bank of America Merrill Lynch, reduzindo projeções para os investimentos e o crescimento da produção, dado o cenário macroeconômico mais fraco.

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) encerrou em baixa de 4,52%, revertendo os ganhos da abertura, assim como a Usiminas, que recuou 3,67%, após fortes ganhos recentes e diante da trégua na alta do dólar à vista frente ao real pelo segundo pregão seguido. Hypermercas e a Hering subiram 4,1 e 3,5%, respectivamente, em dia de alta no setor de consumo, diante da queda das taxas futuras de juros, que também beneficiou CCR e Ecorodovias, que terminaram em alta de 2,32% e 1,92%, respectivamente.

Fonte: Veja

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