Clientes denunciam na web que sofreram ‘golpe’ de fabricante de lembranças para festas

Uma fabricante de lembranças para festas está sendo alvo de denúncias e críticas na internet por parte de clientes e fornecedores que afirmam ter sofrido um “golpe” da mulher, em Goiânia. Segundo os consumidores, a mulher pede pagamento antecipado dos itens, mas não os entrega. Quem fornece material diz que repassou produtos à fabricante, mas não recebeu o pagamento.

“Assim como você [cliente], eu também não tive culpa. Porém, o prejuízo será só meu. Isso é injusto, né? Previsão eu não tenho, porque eu não tenho dinheiro agora”, se defende.

A assistente social Denise de Oliveira afirma ter sido uma das vítimas da mulher. Em entrevista, ela disse que encomendou pequenas mochilas para dar de presente aos convidados da festa da neta, mas os produtos não foram entregues. Denise conta que teve o prejuízo de R$ 90, mas soube de quem perdeu mais de R$ 1 mil, seja comprando ou tentando vender para a mulher.

“No dia em que combinamos de ela entregar, mandei uma mensagem para ela. Foi aí que ela falou que estava com problema, porque faltava material de acabamento. No dia seguinte, eu mandei mensagem cobrando e ela não me respondeu. Dois dias depois eu avisei que, como tinha passado a festa e os produtos não chegaram, tínhamos que desfazer o negócio”.

“Ela falou que não tinha culpa, que ela pagou a arte e que não podia ficar no prejuízo. Ela fala em uma das mensagens: ‘como que eu ia saber que ia faltar material’”, contou.

A mulher tem mais de 16 mil seguidores nas redes sociais. No Facebook, clientes e fornecedores começaram a escrever mensagens cobrando o dinheiro e os produtos, mas, sem respostas, afirmam que estão organizando um dossiê, com gravações e capturas de tela de mensagens de celular para serem entregues à Polícia Civil.

Em uma página nas redes sociais dedicada exclusivamente para postagens relacionadas a organização de festas na capital goiana, uma mulher, que se apresenta como revendedora de almofadas de pescoço, afirma ter levado o prejuízo de R$ 450.

A comerciante afirma que a suposta fabricante de lembrancinhas para festa aplicou um golpe conhecido como sendo do “envelope vazio”, em que a pessoa faz um depósito no caixa eletrônico, mas sem a quantia dentro do envelope.

“Essa mulher me deu calote de R$ 450. Ela revendia minhas almofadas de pescoço e deu o golpe do Envelope vazios. Portanto, vai aí um aviso para quem trabalha com sublimação: não venda para essa mulher por favor”, alertou.

Denise diz que considera o prejuízo que teve, de R$ 90, pouco em relação a todos os relatos que ela viu na internet. Para a assistente social, não resta dúvidas de que a mulher agiu de má fé.

“Ela não assumiu o erro de forma alguma. Eu fiquei muito frustrada, porque minha expectativa não foi alcançada, tive que improvisar uma lembrancinha para festa. Eu já estava acostumada a fazer serviços deste tipo. Foi muito ruim esta situação, de planejar, pagar, não receber e não ser, sequer avisada”, desabafou.

Orientações da Polícia Civil

O delegado Rodrigo Carmo Godinho, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), alerta os consumidores a, sempre que surgirem situações em que pode haver algum tipo de golpe, que procure imediatamente a Polícia Civil. Segundo ele, até esta quinta-feira (19), nenhuma vítima deste caso havia procurado a corporação.

Godinho explica que os relatos de pessoas que afirmam ter sido lesadas por empresas estão cada vez mais recorrentes. Ele afirma que uma das formas de prevenir eventuais golpes é jamais antecipar qualquer tipo de pagamento.

“O que está acontecendo hoje é que muitas empresas são mal geridas. A partir daí vem o descontrole financeiro e eles não cumprem com o combinado. Além disto há os casos de má fé. A diferença entre as duas situações só é possível a partir da investigação por parte da polícia, por isso a gente alerta as pessoas a nos procurarem”.

“O alvo do golpe, quando ocorre, é o dinheiro. Portanto, não antecipem pagamento. Paguem com os produtos em mãos”, destacou.

Fonte: G1

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