Por volta das 9h40, a divisa subia 0,53%, a R$ 5,01. Mas o dólar não encerra um pregão acima dessa marca desde o início de junho.
O movimento acompanha os ganhos recentes, influenciado pelos temores de juros mais altos por mais tempo nos Estados Unidos.
Na véspera, o dólar acumulou alta de 0,46% e fechou o pregão a R$ 4,98, em meio a pressões globais e domésticas.
Entenda a alta
Para a economista do Banco Ourinvest, Cristiane Quartaroli, a alta na divisa se deu principalmente pela alta dos juros dos treasuries, os títulos do Tesouro dos Estados Unidos.
“Além disso, há mais outros dois fatores que podem ter trazido a aversão ao risco no mercado na parte da tarde. Um deles é a preocupação com aumento no preço do petróleo, por conta de problemas envolvendo a Rússia, e também uma preocupação com a desaceleração da economia chinesa”, afirma.
Também citando a pressão dos papéis do Tesouro dos EUA, Elcio Cardozo, especialista em mercado de capitais e sócio da Matriz Capital, destaca que o dólar sobe ante as demais moedas globais, e que a divisa brasileira ainda apresenta uma das menores desvalorizações.
“Com a valorização dos treasuries, os investidores tendem a buscar esses prêmios maiores em ativos de baixo risco, como é o caso dos títulos de dívida emitidos pelos Estados Unidos e, com isso, o dólar tende a se valorizar em todo o mundo”, pontua.
FONTE: terrabrasilnoticias.com