A partir desta quinta-feira, 16, começa oficialmente a campanha eleitoral. Os 13 candidatos à Presidência da República estão autorizados pela Justiça Eleitoral a ir para as ruas pedir votos. Também serão eleitos governadores para 26 Estados e o Distrito Federal, além de senadores, deputados federais, estaduais e distritais. As eleições 2018 começam judicializadas com o registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), questionada pelo Ministério Público Eleitoral.
Pela regras da Lei da Ficha Lima, Lula deve ser barrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Preso desde o dia 7 de abril, o ex-presidente foi condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do tríplex do Guarujá (SP).
Enquanto a indefinição de sua candidatura persiste, o vice – e seu provável substituto nas urnas – cumpre agenda de candidato. O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) participa nesta quinta-feira de um debate promovido pelo movimento “Todos pela Educação”, em São Paulo.
Já o candidato do PDT, Ciro Gomes, estará no Rio onde participa de ato político em Irajá, na Zona Norte do Rio. Ele usou as redes sociais para comunicar sua agenda e agradecer o apoio que tem recebido. Na mensagem, Ciro fala em surpreender os adversários que tentaram resolver a eleição “na véspera”.
O tucano Geraldo Alckmin e o senador Alvaro Dias (Podemos) participam de um evento em São Paulo do grupo “Mulheres do Brasil”. Outros presidenciáveis também devem ir ao evento como João Amoêdo (Novo) e Vera Lúcia (PSTU). Marina Silva (Rede) começa o dia visitando um ambulatório médico que funciona nos fundos de uma igreja católica, em São Paulo.
O líder das pesquisas em cenário sem o nome do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PSL), não tem agenda pública, de acordo com sua assessoria. Com a mudança na legislação eleitoral, a campanha ficou mais curta e terá 52 dias no primeiro turno. O tempo de exposição no horário eleitoral gratuito de rádio e televisão será ainda menor — começa em 31 de agosto.
Outra mudança é nos custos de campanha. Aprovados na reforma política de 2017 pelo Congresso Nacional, o teto de gastos para as campanhas são uma das novidades no sistema eleitoral. Para presidente da República, o teto é de R$ 70 milhões, com a possibilidade de mais R$ 35 milhões para o segundo turno. O limite para as campanhas a deputado federal é de R$ 2,5 milhões e para deputado estadual ou distrital, de R$ 1 milhão.
Os limites para candidatos a governador e senador variam de acordo com o tamanho do colégio eleitoral de cada Estado.
Fonte: Estadão