Em meio à dor, Tite evita falar sobre futuro e avalia: “O Courtois fez a diferença”

Eliminado da Copa do Mundo, Tite evitou falar sobre futuro. Sem esconder a dor que sentia pelo resultado, o treinador da seleção brasileira encarou os microfones na entrevista coletiva após a derrota para a Bélgica por 2 a 1, nesta sexta-feira. E evitou falar sobre continuidade à frente da equipe. A eliminação do Brasil nas quartas de final do Mundial da Rússia, aliás, não mudou os planos da CBF de manter o treinador no cargo.

”Não falo absolutamente nada a respeito de futuro. É um momento de emoção”.

Indagado se poderia questionar Deus diante da derrota, assim como havia mostrado em seu perfil publicado recentemente no Jornal Nacional ao lembrar as diversas lesões que sofreu como jogador, o treinador evitou buscar explicações e preferiu exaltar a atuação do goleiro adversário.

– Não questiono Deus. Quando questionei nas minhas lesões, foi um momento de desequilíbrio. Não é só desempenho, marcar pontos e vencer. Não é vôlei. A característica do futebol é diferente. Sofre o gol. Ai tu cria, monta e pega um goleiro iluminado do outro lado. O Courtois para mim fez a diferença.

Em seguida, Tite preferiu destacar os méritos da eficiência belga no jogo para explicar o resultado.

– A Bélgica teve três finalizações e foi efetiva. Traduziu em gol suas chances. Mas quero pegar os detalhes para falar da qualidade do jogo. É muito duro falar, mas foi um grande jogo. Duas equipes com qualidade técnica impressionante. Com toda a dor que estou sentindo, o amargo, a dificuldade de falar agora, quem gosta de futebol teve prazer de ver esse jogo. Quem não está envolvido emocionalmente… Que jogo. Oportunidade aqui, lá. Triangulações, goleiro, opções, transições – disse o treinador, que completa:

“Me dói falar isso. Mas quem aprecia um grande futebol vai ver que foi um grande espetáculo. Com a dor por termos perdido. Primeiro jogo oficial que perdemos… Se eu disser que o legado é bom, vão dizer que estou valorizando. O tempo vai dizer isso”.

O treinador falou também de Fernandinho, que fez um gol contra e não conseguiu parar Lukaku antes de De Bruyne fazer o segundo dos belgas.

– Fernandinho joga muito e exerce a mesma função no City. Tivemos dois terços do jogo na nossa mão, com equilíbrio emocional de jogar com 2 a 0 atrás. Antes de tomar o gol, já tinhamos criado duas chances reais. Tenho que ter discernimento para passar aos atletas a capacidade de absorver um golpe forte. E manterem o discernimento para construir. Temos que analisar o conjunto da obra – ressaltou.

A Bélgica volta a campo na próxima terça-feira para encarar a França, às 15h, em São Peterburgo, na busca por uma inédita vaga na final. A seleção brasileira, eliminada da Copa do Mundo, tem um compromisso marcado para o segundo semestre: o amistoso do dia 8 de setembro, contra os Estados Unidos, em Nova York.

”O futebol tem muitas variáveis. Não fico de blá, blá, blá, mas temos que analisar de forma global. Aspectos táticos, técnicos, físicos e emocional. A Bélgica tem jogadores de alto nível. Courtois estava iluminado. Não gosto de falar em sorte. Futebol tem o aleatório, mas não gosto de falar de sorte. Quando é a nosso favor, é uma maneira educada de desprezar nossa competência. Sorte não acredito. Teve o Courtois sorte? Não. Esteve bem. A primeira bola bateu na trave, fazer o quê? Bélgica teve competência e efetividade. Tivemos dois terços do jogo na mão, jogo de alto nível, a qualidade está dos dois lados”.

Fonte: G1

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