Médico quer restaurar visão com olhos biônicos que agem com o cérebro

Ele pretende reformular códigos e softwares para agirem a partir de interfaces cérebro-computador
Falar em visão biônica pode até soar como ficção científica, mas o médico Michael Beyeler prova que ela pode ser real. Ele trabalha em um pós-doutorado na Universidade de Washington e espera conseguir ser capaz de restaurar a visão de cegos.

Beyeler não esconde seu profundo fascínio pelo cérebro. “O cérebro humano tem aproximadamente 100 bilhões de células nervosas — os neurônios — e trilhões de conexões entre elas. Eles são organizados em diferentes áreas do cérebro e fazem tarefas específicas. Podem, por exemplo, processar informações visuais ou auditivas, tomar decisões ou ir de A a B.”

Por isso, o olho biônico é um de seus interesses: trata-se de um implante de retina, colocado na parte de trás do olho para restaurar o senso de visão em pessoas com perda profunda em razão de condições degenerativas. Uma câmera externa captura cenas e as envia para o implante.

O médico explica que isso é possível a partir de interfaces cérebro-computador, que podem ser usadas tanto para tratar desordens neurológicas e mentais quanto para compreender a função cerebral. “Agora os engenheiros desenvolveram maneiras de manipular os circuitos neurais com correntes elétricas, luz, ultrassom e campos magnéticos”, afirma Beyeler.

Atualmente, já existem modelos de prótese visual, como o Argus II, desenvolvido pela Second Sight, que faz essa função e já tem mais de 300 usuários. O médico afirma que os casos mais comuns são de pessoas que perderam a visão em razão de doenças degenerativas da retina, como a retinite pigmentosa e a degeneração macular. Beyeler não desenvolve nenhum implante, mas tem a colaboração de diferentes fabricantes e faz pequenas modificações para testar “teorias malucas”.

Por enquanto, ele criou o pulse2percept, um projeto de código aberto cujo objetivo é prever o que o paciente deve ver. “No futuro, meu objetivo é adaptar o software a outros dispositivos assim que eles estiverem disponíveis.” Ele afirma que ninguém realmente se concentra em novos métodos e algoritmos para melhorar a forma como esses dispositivos interagem com o sistema visual humano. Ele quer, então, se dirigir para esse caminho.

Via: PCMag

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