Renan Calheiros é alvo de novo pedido de investigação no STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu na última sexta-feira, 19, um novo pedido de investigação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O caso tramita em segredo de justiça e tem relação com a denúncia existente na Corte sobre recebimento de propina para pagamento de despesas pessoais em troca de emendas parlamentares.

Na denúncia que chegou ao STF em 2013, Renan foi acusado de cometer os crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. A acusação tem como base o escândalo que está sob investigação desde 2007, pelo suposto recebimento de propina pelo parlamentar da construtora Mendes Júnior para apresentar emendas que beneficiariam a empreiteira. Em troca, o peemedebista teria as despesas pessoais da jornalista Monica Veloso, com quem mantinha relacionamento extraconjugal, pagas pela empresa, conforme revelou VEJA.

O novo procedimento de investigação encaminhado ao STF, desta vez, apura as práticas dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. A suspeita é de fraude contábil e tributária. A apuração será examinada pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator do caso na Corte, mas já tem quase 2 mil páginas existentes com base em uma “notícia de fato” sobre o caso. Procurada, a defesa de Renan Calheiros disse que ainda não tem conhecimento da nova apuração.

A denúncia oferecida pela PGR em 2013 havia sido pautada, no início do mês, para julgamento pelo plenário do STF. Na última sexta-feira, no entanto, Fachin retirou o caso de pauta após apresentação de uma manifestação pela defesa do peemedebista alegando uma falha processual. O caso foi remetido à Procuradoria-Geral da República (PGR) e, após manifestação da Procuradoria, será novamente analisado pelo ministro.

Além da denúncia relativa ao caso Monica Veloso e da nova apuração encaminhada ao Supremo, Calheiros é alvo de ao menos seis inquéritos no âmbito da Operação Lava Jato, entre eles a investigação de formação de quadrilha envolvendo políticos no esquema de corrupção na Petrobras.

Fonte: Veja

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