Caso Luana Marcelo: quem era a menina que saiu para ir à padaria e foi assassinada, em Goiânia

Sempre alegre e sorridente. Era assim que Luana Alves, de 12 anos, era vista por parentes. Luana alternava a rotina entre os estudos e a ajuda na distribuidora dos pais, onde ficava parte do dia. E todo domingo ela gostava ir a padaria comprar pão, seja com a mãe ou sozinha.

“A memória que tenho da Luana é de ver ela sempre alegre e sorrindo. Era uma menina com muitos sonhos e planos. Isso tudo foi interrompido”, conta Graziellen Alves Costa, tia dela.

Luana Alves saiu para ir numa padaria perto de casa, no domingo (27), e não voltou para casa, no setor Madre Germana 2, em Goiânia. O corpo da menina foi encontrado na última terça-feira (30), no quintal da casa do ajudante de pedreiro Reidimar Silva Santos, que confessou ter matado a menina.

Lembrança

A última vez que Graziellen viu a Luana foi na semana passada, quando estava indo para um curso e a sobrinha estava na distribuidora dos pais.

“Ela acenou para mim e sorriu. Nunca vi a Luana triste. Essa lembrança dela sorrindo vai ficar comigo”, ressaltou a tia.

Após o sumiço de Luana no domingo (27), a tia contou que a sobrinha era tímida e não entraria em carro de pessoa estranha. A partir disso, a família suspeitava que alguém conhecido teria levado a menina.

À frente da idade

À TV Anhanguera, Robson Alves, pai de Luana, contou que a filha era um exemplo de responsabilidade. Entre atividades da escola, vídeos de “dancinha” e brincadeiras, ela ajudava a cuidar da casa como gente grande.

“Como a mãe dela trabalha muito e eu também, ela meio que era a dona da casa, ela ligava para mim: ‘papai, hoje o senhor vem almoçar? Porque eu vou fazer’. Eu avisava ela”, relembrou.

Robson disse ainda que a filha era à frente do seu tempo.

“Ela não era uma menina, era uma menina mulher, tinha responsabilidade de gente adulta no corpo de uma criança”, desabafou.

Menina especial

José Euripedes Santos, de 60 anos, define a neta como uma especial.

“Dava 17h, ela ia para o quarto estudar e falava que ia ser médica. Estamos muito abalados. Não entendemos porque fizeram isso com ela”, lamentou o avô.

Irmão da Graziellen, Roniel Costa Alves, disse que a sobrinha era feliz e inteligente. O comportamento calmo e amável com a família veio do ensinamento dos pais.

“Calma, alegre, tranquila. É a lembrança que tenho dela, como uma filha que gostaria ter”, destacou o tio.

Dedicação e metas

Robson Alves, pai de Luana, contou que a filha era dedicada e, gostava tanto de estudar, que até brincou que neste ano não precisava mais ir à escola, porque já tinha sido aprovada em todas as disciplinas.

Aluna da Escola Municipal Jardim América há 6 anos, Luana encantou os servidores da unidade.

“Ela sempre fez os trabalhos, uma menina estudiosa, esforçada, ela nunca foi da turma da bagunça, sempre foi quietinha”, disse a professora Raquel Cabral.

Chocados com a morte precoce de Luana, a escola informou que vai preparar uma homenagem para honrar a adolescente.

“É o mínimo que a gente pode fazer, nesse momento parece que tudo que a gente faz é pequeno diante de tanta dor e crueldade praticada contra essa menina tão boa tão meiga tão linda excelente aluna um doce de menina”, disse Sirlene França, diretora da unidade.

Detalhes do crime

O ajudante de pedreiro Reidimar Silva, de 31 anos, contou à polícia como convenceu a Luana a entrar no carro dele:

“Falei para ela que estava devendo dinheiro aos pais dela e que iria passar o dinheiro para ela. Falei que ia levar ela na casa dela. Eu matei ela enforcada”, relatou o suspeito.

Reidimar contou à polícia que tentou estuprar Luana, mas ela resistiu. Por isso, ele enforcou a menina até a morte. Queimou o corpo dela, enterrou no quintal de casa e jogou cimento para dificultar as buscas da polícia.

Como o corpo foi encontrado dois dias depois de carbonizado e enterrado, a identificação da menina será feita somente por exame de DNA ou arcada dentária. Os resultados devem ficar prontos em 30 dias.

Sendo gravado pela equipe da Polícia Civil, Reidimar disse que estava sob efeito de drogas e não apresentou motivação para o crime.

Criminoso conhecido

Reidimar era conhecido da família e frequentava a distribuidora dos pais, segundo a tia.

“A Luana tinha proteção o tempo todo. A gente não imaginava que isso aconteceria numa saída dela. É difícil aceitar que não vou poder ver minha sobrinha crescer”, desabafou Graziellen.

Fonte:G1

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