Ex-aluno que confessou esfaquear professora para se vingar de bronca diz à polícia que não queria matá-la: ‘Só dar um susto’

O ex-aluno que confessou assassinar a professora Cleide Aparecida dos Santos, de 60 anos, para se vingar de supostas broncas que levou enquanto estudou com ela, disse à Polícia Civil que não tinha intenção de matá-la, mas de “dar um susto”.

O crime aconteceu na quarta-feira (24), em Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia. O corpo da professora foi enterrado sob forte comoção de familiares e alunos. A escola onde Cleide Aparecida dava aula amanheceu vazia nesta quinta-feira (25), e não houve aula em luto pela docente.

O nome do suspeito não foi divulgado pela polícia. Por isso, o g1 não localizou a defesa para se manifestar até a última atualização desta reportagem.

O boletim de ocorrência relata que o ex-aluno “pulou para dentro da casa da vítima com a intenção de lhe dar um susto”, mas que ele esfaqueou a idosa “pois ficou com raiva na hora”.

A Secretaria Estadual de Educação informou em nota que Cleide Aparecida era servidora efetiva da rede estadual de ensino desde 1985, tendo dedicado 37 anos de sua vida à educação.

Broncas em sala

O jovem relatou em depoimento que estudou com a professora em 2014 no colégio Castelo Branco. Nessa época, ele alega que a docente sempre lhe dava broncas dentro da sala de aula e também fora da escola.

Mas mesmo guardando raiva contra a professora, o jovem disse à polícia que houve um estopim para o crime. Segundo o suspeito, na manhã do dia do crime ele passou pela casa da professora e a comprimentou, mas ela teria ignorado o gesto, o que teria o ofendido.

A Polícia Civil informou que, quando a professora percebeu a invasão, chamou seu filho, que foi ferido no braço por um golpe de faca. Em seguida, o autor fugiu pulando o muro.

O Corpo de Bombeiros foi acionado para socorrer a vítima, a encaminhou para uma unidade de saúde, mas ela não resistiu.

Homenagens

A coordenadora regional de educação de Inhumas, Thaís Monturil, contou que Cleide era servidora da rede estadual de educação. Thaís disse que trabalhou com Cleide e lamentou a morte da professora.

“Uma pessoa que colaborou muito com a educação e hoje trabalhava como professora de apoio. Recebemos a notícia e as escolas estão consternadas, a cidade está compadecida”, lamentou.

Em nota, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc) também lamentou a morte de Cleide e completou que ela dedicou 37 anos de sua vida à educação. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) também emitiu um comunicado de pesar sobre o falecimento (veja notas completas abaixo).

Nota Seduc

A Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc) expressa suas condolências à família da professora Cleide Aparecida dos Santos, morta de forma brutal na madrugada desta quarta-feira (24), em Inhumas.

Cleide Aparecida tinha 60 anos e era servidora efetiva da rede estadual de ensino desde 1985, tendo dedicado 37 anos de sua vida à Educação goiana. Atualmente, atuava como profissional de apoio no Centro de Ensino em Período Integral (CEPI) Horácio Antônio de Paula, tendo um grande papel na formação dos alunos da Educação Especial.

Manifestamos nossos sentimentos aos filhos, parentes e amigos de Cleide Aparecida e rogamos para que Deus ampare a todos neste momento de dor e tristeza!

Nota Sintego

É com imenso pesar que comunicamos o falecimento da professora Cleide Aparecida dos Santos, de 60 anos. Ela era Servidora da Rede Estadual de Educação, filiada ao Sintego, na cidade de Inhumas.

Neste momento de dor, o Sintego expressa suas condolências e os mais sinceros pêsames aos familiares, amigos e colegas.

Fonte:G1

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