Goiás tem mais de 30 mil quilombolas, apontam dados inéditos do Censo IBGE

Goiás tem mais de 30 mil pessoas que se autodeclaram quilombolas, distribuídas em 64 cidades. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (27) e se refere ao Censo Demográfico de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Conforme mostrou o g1 Economia, estes dados são inéditos, pois é a primeira vez que o Censo incluiu perguntas nos questionários para identificar pessoas que se autodenominam quilombolas. No ranking nacional, Goiás está em 8º lugar; veja abaixo os 10 primeiros:

  1. Bahia
  2. Maranhão
  3. Minas Gerais
  4. Pará
  5. Pernambuco
  6. Alagoas
  7. Piauí
  8. Goiás
  9. Sergipe
  10. Ceará

Entre os 10 principais estados no ranking, Goiás e Minas Gerais são os únicos que não pertencem à região nordeste. No centro-oeste, o levantamento mostrou que 44.957 pessoas se identificam como quilombolas. Goiás liderou a lista.

Dados inéditos

O IBGE detalhou que, para chegar ao número, inseriu as seguintes perguntas ao questionário: Você se considera quilombola? e Qual o nome da sua comunidade?. Ao todo, o Censo mostrou que o Brasil tem 1,3 milhão de pessoas que se autodeclaram quilombolas.

O instituto explicou que, para o registro, contou com o apoio das lideranças comunitárias quilombolas de todo o país, as quais “atuaram no apoio ao mapeamento das comunidades e como guias para os recenseadores, garantindo que todos os territórios fossem visitados”.

Segundo o IBGE, além dos registros com dados inéditos sobre a população quilombola, o levantamento mostrou informações básicas, que eram desconhecidas, sobre os totais de pessoas desse grupo étnico em diferentes níveis geográficos e recortes territoriais.

Entre os dados, o Censo mostrou sobre os “domicílios particulares permanentes ocupados com pelo menos um morador quilombola, em diferentes recortes, e sobre aqueles localizados em Territórios Quilombolas oficialmente delimitados”.

Quilombolas

Conforme mostrou o g1 Economia, historicamente, os quilombos eram espaços de liberdade e resistência onde viviam comunidades de pessoas escravizadas fugitivas entre os séculos XVI e XIX. Cem anos depois da abolição da escravidão, a Constituição de 1988 criou a nomenclatura “remanescentes de comunidades de quilombos”, expressão que foi sendo substituída pelo termo “quilombola” ao longo dos anos.

Uma pessoa que se autodetermina quilombola tem, portanto, laços históricos e ancestrais de resistência com a comunidade e com a terra em que vive. Quase 90% dos quilombolas (1,16 milhão no total) não mora nas 494 áreas oficialmente delimitadas para essa população.

Nesses territórios oficialmente delimitados, moram 167 mil quilombolas. Segundo a Fundação Cultural Palmares, que certifica a autoatribuição quilombola, existem quase 3 mil comunidades validadas pelo órgão no Brasil. A fundação, no entanto, não delimita terras.

Fonte:G1

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