Grupo Eternit pede recuperação judicial e cita impacto de proibição do uso de amianto

A empresa produtora de material para construção Eternit e suas controladas entraram com pedido recuperação judicial em uma comarca da capital de São Paulo, em uma tentativa para preservar a continuidade de suas atividades em meio a restrições à produção de amianto, disse o grupo em fato relevante divulgado nesta terça-feira (20).

A empresa disse que as discussões legais sobre a extração, industrialização e utilização de amianto vêm impactando as operações do grupo, além de limitar o acesso da companhia a novas linhas de crédito.

Amianto

Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu no fim de novembro a extração, industrialização e comercialização do amianto variedade crisotila, produto largamente utilizado no país na fabricação de telhas e caixas d’água.

A empresa também citou a persistente deterioracão dos fundamentos da economia que afetaram “drasticamente os setores de construção civil e louças sanitárias, justamente os mercados atendidos pelo Grupo Eternit “.

Segundo o último balanço divulgado pela empresa encerrou o 3º trimestre de 2017 com uma dívida bruta de R$ 100 milhões e prejuízo de R$ 46,6 milhões no acumulado de janeiro a setembro do ano passado.

Em comunicado, a empresa disse que a medida “foi uma maneira de se antecipar a uma eventual situação em que obrigações financeiras não pudessem ser cumpridas, inviabilizando a sua operação”.

“O Grupo Eternit informa que dará prosseguimento a todas as suas atividades de forma organizada e com prazos e procedimentos pré-definidos, com a coordenação de todos os envolvidos no processo de reestruturação. As ações visam a proteger o caixa da empresa, preservar seus colaboradores e garantir as mesmas condições comerciais com seus clientes e fornecedores. A companhia dará continuidade às suas atividades comerciais e de produção nas unidades industriais em todo o país, com impacto mínimo no dia a dia operacional”, afirma o comunicado.

Fonte: G1

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