Jovem é suspeito de matar homem com quem se relacionava para não atrapalhar casamento

A Polícia Civil concluiu as investigações do homicídio de Heder Henrique de Sousa Urzeda, de 32 anos, nesta quarta-feira (9). Segundo o delegado André Veloso, o suspeito é um jovem de 18 anos, amante da vítima, que foi preso e deve responder por homicídio qualificado, incêndio e destruição de cádaver. Imagens de câmeras de monitoramento mostram quando o autor coloca fogo no carro em que corpo da vítima estava.

O nome do suspeito não foi divulgado, por isso o g1 não conseguiu descobrir quem representa a defesa dele para pedir uma posição sobre o caso. Ele foi preso em Goianira, na Região Metropolitana da capital, no último dia 25 de fevereiro.

As investigações apontam que o investigado tinha uma união estável com uma mulher, que estava grávida dele à época do crime.

“A gente acredita que o suspeito achou que o relacionamento homoafetivo poderia atrapalhar o conjugal e que ele queria se aproveitar financeiramente da vítima, porque vendeu o celular dela depois do homicídio e usou o cartão dela em pequenas compras”, explicou o delegado.

O crime foi cometido em 7 de outubro de 2021. Segundo as investigações, os amantes se desentenderam na casa do suspeito e a vítima foi morta no local, uma kitnet no setor Jardim Colorado, em Goiânia.

A Polícia Civil concluiu que o autor enrolou o corpo da vítima em um lençol e o colocou no carro que ela estava usando – que pertencia à mãe dela. Imagens de câmeras de monitoramento mostram quando o veículo chega ao setor Jardim Liberdade e bate em um poste.

As investigações indicaram que o criminoso chegou a pedir uma chave de roda e ajuda a moradores da rua em que o acidente aconteceu.

Segundo as testemunhas contaram à Polícia Civil durante apuração do caso, o autor disse que tinha um amigo dormindo no banco de trás – no entanto, tratava-se do corpo de Heder sem vida.

De acordo com a Polícia Civil, o autor convenceu pessoas que passavam a ajudá-lo a empurrar o carro até outro local, também contando a história de que tinha um amigo dormindo no banco.

Depois que essas pessoas vão embora, é possível ver o criminoso ateando fogo ao carro e o veículo em chamas. Segundo as investigações, foi o dono da chave de roda empresatada ao autor que foi ao local para pegar a ferramenta de volta e viu o incêndio, por isso chamou o Corpo de Bombeiros.

Fuga e confissão

O delegado André Veloso disse que, depois do crime, o autor fugiu para Ipameri, onde vendeu o celular da vítima, depois passou por algumas cidades do Tocantins, até que voltou a Goianira, onde foi preso.

O preso, em depoimento à Polícia Civil, contou que matou a vítima depois que ela foi agressiva, como se tivesse tentado se defender. Na confissão, ele relatou que deu um golpe de “mata-leão”, que asfixiou Heder.

No entanto, os laudos periciais indicaram que, o que matou a vítima foram golpes de “arma branca”.

“Acreditamos que ele mentiu para parecer que o homicídio foi quase um acidente. Ele não pensou que seria possível verificar a real causa da morte por ele ter carbonizado o corpo, mas a perícia conseguiu determinar sim. Além disso, a vítima tinha um porte físico maior que do autor, o que indica que os golpes podem ter sido furtivos”, explicou o delegado.

André disse que o inquérito deve ser concluído nos próximos dias e enviado ao Judiciário, indiciando o jovem por homicídio qualificado, incêndio e destruição de cádaver.

Fonte:G1

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